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O Google Plus não vai pegar!

seg, 04/07/11
por jonnyken |
categoria Facebook, Google
| tags Facebook, google, Google Plus, Twitter


Previsões de Jonny Mercado! Leia Djá!

Acho que a única previsão que eu acertei na vida foi que no reveillon de 1991 a luz iria voltar em 30 segundos só para eu poder ligar o meu Master System! Nunca ganhei bolão, quiz e a seleção que eu aposto nunca chega nas semi-finais da Copa do Mundo. Mas enfim vou apostar 3 mariolas em uma previsão minha que  irá acontecer: o Google Plus não vai vingar.

Muita gente já falou a respeito da nova tentativa do Google contra o avanço do Facebook. Já classificaram o Plus de Orkut Killer, Facebook Killer, etc. Mas será que essa comparação é válida?

Atualmente, o Google Plus é uma ferramenta onde você segue algumas pessoas sem a necessidade de qualquer tipo de confirmação. A ideia é de que você escreva e que as pessoas leiam, sem você ter a mínima ideia de quem estará lendo. Vale postar vídeo, foto, texto, links, pensamentos, xingamentos, críticas, etc. Esse é o básico dele, certo? Então, com quem ele se parece?

Não, o Google Plus não é um novo Facebook Killer! Ele é um “Twitter Killer” (ou um Yahoo! Meme Killer, mas não vai matar porque nunca nasceu direito)! O “core” do Plus é extremamente parecido com o Twitter (e com o Flickr, Formspring, Fotolog, Blogs, Podcasts etc). Como costumam dizer, é uma ferramenta de uma via só, onde você escreve para qualquer pessoa. Sites como o Facebook, Linkedin, Foursquare ou o Orkut são redes sociais em que você interage com seus amigos e conhecidos e precisa de autorização deles para ler o conteúdo. É bem diferente! Por que alguém vai publicar abertamente suas fotos do carnaval ou suas férias no Caribe para qualquer desconhecido poder olhar? Por que vou escrever que estarei no barzinho xyz e para os meus amigos comparecerem, sendo que nem sei quem irá ler aquilo? Por que alguém ira fazer algo que só fala no Facebook/Orkut para amigos mas jamais tuitaria abertamente a respeito?

Vamos ver se eu acerto seu pensamento agora: “Mas Jonny, você pode compartilhar suas informações no Plus somente para seus amigos via “circles”, e isso mantem sua privacidade!”

É verdade! Mas se já existe redes sociais como Facebook e Orkut (onde já estão praticamente todos meus amigos), por que vou criar uma conta nova numa rede social? Só pela facilidade de arrastar e soltar? Pela praticidade? Pelas maravilhas do HTML5? Pelo prazer de ser Early Adopter? Para entrar no Hype? Só para fazer o trocadilho de entrar no “circle” da fulana? Pelo vício de ficar trocando de janela usando CTRL+ TAB?

Outro fator é que o Google + nunca vai matar o Twitter pelo simples fato de um ser exatamente o oposto do que o outro se propõe! Enquanto o Twitter quer ser uma ferramenta extremamente simples, com mensagens curtas e que seja fácil de enviar de onde estiver, o Plus é extremamente hitech, com várias funcionalidades para enviar textos, fotos, vídeos, etc, e com um número de caracteres muito maior. E o Twitter é o que é pela simplicidade e rapidez.

Na minha opinião o Google Plus não irá pegar por dois motivos bem mais simples: Chegaram uns 5 anos atrasados (os usuários estão saturados de redes sociais) e se o Twitter e o Facebook sentirem-se incomodados, será muito mais simples eles efetuarem algumas alterações em suas ferramentas e atrair de volta os usuários sedentos por novidades.

O que o Google Plus pode fazer para dar certo?

Bom, para dar certo eu não sei (na verdade eu sei, mas só vou contar se o Google me contratar como presidente da empresa). Antigamente eu apostava muito na integração dos aplicativos, como o Google fez com o Gtalk, disponibilizando-o tanto no Gmail quanto no Orkut e no próprio Plus. Mas depois do fracasso do Wave e dos poucos adeptos do Buzz (mesmo com a integração ao Gmail), fica difícil só apostar na usabilidade (que para mim na verdade é um ponto contra, já que é diferente de todos os outros trilhões de sites com exceção do Flickr).

Hummmmmmmm… Talvez desse certo se eles colocassem um logo da Apple e apelidassem de iPlus! Será?

(gifs animados tirados do Plus da Camila Caporar e do Paulo H.)

Ps: Divulguei este post no Facebook, no Twitter e no Google Plus. O último teve muuuuuuuuuuuuuuuito mais comentários! Olha a relevância! :D

32 comentários »

Anunciar a própria morte: Quando a brincadeira passa dos limites

ter, 31/05/11
por jonnyken |
categoria Twitter
| tags blog, hoax, Twitter

Espalhar o boato (hoax) da morte de alguém no twitter existe desde sempre. Nesse domingo mataram 3 de uma só vez!

Minha mãe é uma senhorinha idosa, daquelas japonesinhas (batchans) que você poderia ver no campo de gateball usando chapelão ou sentado na praça olhando para o nada, refletindo sobre a vida. Mas ao contrário disso, resolveu puxar o filho e agora passa mais tempo na internet do que eu! Mas como ela fala mais japonês do que português, algumas vezes ela não pega as ironias ou não entende as brincadeiras da internet.

Imagine a reação dela se encontrasse esse post:

http://carunchento.org/em-tentativa-de-assalto-jovem-e-agredido-por-grupo-de-ninjas-na-avenida-paulista/

Sim, eles noticiaram que um grupo de ninjas havia me espancado na av. Paulista ao tentar roubar meu celular.

É muito difícil alguns humoristas da internet notarem que nem todo mundo entende as noticias da mesma maneira. As pessoas são diferentes, possuíram os mais variados tipos de aprendizados e tiveram diferentes experiências de vida. Tudo isso faz com que cada um tenha uma interpretação/reação ao ler algo. Vai da experiência, conhecimento e “feeling” a pessoa descobrir que se trata de uma piada ou se é uma notícia verídica.

Antes que alguém fale “mas ai o problema é de quem lê, e não de quem escreve”, as pessoas deveriam saber também que alguns sentimentos nos seres humanos não são controlados pela razão. Ao simples fato de recebermos alguma notícia desagradável (fantasiosa ou não) envolvendo pessoas queridas, acabamos agindo mais com a emoção do que com a razão. Todo mundo já viu e ouviu notícias que pessoas morrem até hoje ao atender o trote do sequestro. O golpe é mais velho que andar para trás, todo mundo sabe que existe, mas quando recebe a ligação, a adrenalina sobre a mil.


Noite de domingo. Confirmaram a “morte” de um blogueiro/tuiteiro

Mas eu não estou aqui para falar como fazer ou não humor na internet. O problema é outro: nesse mês parece que começou a moda de anunciar ou ficar sabendo da própria “morte” e rir com isso. A brincadeira é simples: você ou algum espírito de porco anuncia sua morte, vê a audiência do site explodir de acessos e depois de algumas horas, desmente tudo. Inteligente, não?


Maiores detalhes sobre a “morte” do blogueiro

Não, não é nem um pouco! Tratar o seu leitor/ouvinte/espectador como burro ou fazê-lo sofrer com uma mentira é uma gigantesca falta de respeito. Lembro que quando comecei a blogar comemorava cada novo assinante no Feedburner. Queria trata-lo sempre da melhor maneira possível: Escrevendo posts melhores, procurar sempre tirar novas fotos ou ir a fundo pesquisar alguma informação inédita.

Na manhã seguinte, ressucitou. Será o novo Messias?

Quando além do blog, o leitor te segue no Twitter, é porque existe um vínculo bem maior: Significa que além de gostar do que você escreve, ele quer te conhecer melhor. Pelo menos foi o que aconteceu comigo quando comecei a seguir blogueiros no twitter, como meus companheiros de Techtudo @garotasemfio, @nickellis, @renefraga, @cardoso, etc. Querendo ou não, você passa a ser uma pessoa querida por aqueles que te acompanham (teve gente que foi até São Carlos assistir uma palestra que eu dei outro dia).

A Vlogger e Webdiva da internet Tulla Luana recentemente fez esta brincadeira de anunciar a própria morte, com a desculpa de ver como as pessoas que a odeiam reagiriam. Esqueceu completamente de pensar que existem pessoas que gostavam dela e que devem ter sofrido ao saber de sua “morte”.Será que essa brincadeira teria valido a pena? Satisfazer uma mera curiosidade, esquecendo completamente o que as pessoas podem sentir?

30 minutos depois, alteração no post e um vídeo explicando os motivos (que eu acho que não tem explicação)

Bom, seria muito ingênuo da minha parte querer que a internet fosse um mundo perfeito. A web simplesmente reflete as qualidades e os defeitos da nossa sociedade. Mas se você deseja que seu trabalho na internet seja reconhecido, basta pensar um pouco comercialmente. Trate seus leitores como clientes. Seus seguidores como pessoas que consomem o que você diz e produz. Acredite! Todo mundo tem alguém que gosta do seu trabalho. Trate-o com carinho.

Inclusive isso vale para mim, que tenho que escrever mais vezes aqui! Sou um péssimo colunista para meus clientes leitores!! :p

2 comentários »

Atenção! Você é um formador de opinião

qui, 17/03/11
por jonnyken |
categoria Internet, Twitter
| tags Internet, Twitter

Quando discutimos qualquer assunto, possuindo amplo conhecimento sobre o tema ou não, acabamos construindo uma ideia na cabeça do ouvinte-leitor-espectador. Se os argumentos forem convincentes, provavelmente teremos alguém com uma nova opinião formada.

Embora qualquer pessoa possa ser uma formadora de opinião, na época pré-internet (ou até mais, na época pré-mídias sociais), este rótulo era reservado somente às pessoas que emitiam suas opiniões e que alcançavam as grandes massas, ou seja, basicamente o pessoal de rádio, TV, mídia impressa e líderes de algum tipo de grupo. A opinião de quem ficava fora desse círculo era restrita a uma pequena massa, que normalmente se resumia aos amigos e familiares. Isso tinha diversos aspectos positivos e negativos, porém, o mais importante é que a opinião era compartilhada com pessoas conhecidas. Assim, provavelmente se sabia como a outra pessoa reagiria àquela informação.

Graças à explosão das mídias sociais no mundo, atualmente todas as pessoas com acesso à internet podem expressar suas opiniões com um alcance gigantesco, independente se você tem um leitor ou 100 mil followers. E isso é ótimo, seja a opinião boa ou não. Graças às divergências de idéias é que evoluímos culturalmente. Mas o maior problema é que muita gente que está nas mídias sociais ainda não se deu conta que ao colocar sua opinião na internet, qualquer um irá ler e refletir sobre o assunto. Isso é um problema quando lidamos com pessoas que não sabem que são formadores de opinião.

De cara, me vem dois exemplos. Recentemente estava assistindo a uma twitcam de um usuário do twitter com seus 40 mil followers (no twitter é um número relativamente alto para alguém que não é celebridade da TV/cinema). Ele comentou no vídeo que, na opinião dele, uma faculdade não era muito válida e citou exemplos como Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg que chegaram onde estão sem terem terminado a faculdade. Isso pode realmente ser uma opinião válida (embora eu discorde completamente), mas ao contar-me depois em off que suas opiniões não devem ser levadas a sério por se tratar de uma pessoa de 15 anos, ele ignorou completamente que diversas pessoas ouviram e assimilaram aquela informação das mais diversas maneiras, inclusive concordando e tomando aquilo como base para a vida. Ele não percebeu que aquilo não era um simples desabafo, e sim que ele estava formando a opinião das pessoas.

“Defendo a cura da TPM com voadoras” Será que os 60.000 leitores sabem que o dono da conta escreveu isso como uma brincadeira? Minutos depois trocou a descrição.

Outro exemplo, dessa vez mais preocupante, foi a discussão entre diversas tuiteiras com o usuário @clubedomacho. Ao ser questionado sobre as piadas extremamente machistas que eles tuitam, responderam que só postam piadas, que não incentivam a violência e que seus leitores sabem disso. Será que ele tem conhecimento de todos os seus 60 mil followers para saber que todos somente riem das suas piadas? Quantas pessoas leem aquilo e não entendem como piada e sim como incentivador do preconceito contra a mulher? Será que ele não percebeu que pode estar influenciando a opinião de muita gente ou que o lugar pode estar se tornando uma reunião de pessoas que pensam justamente como ele diz que as pessoas não devem pensar?

A Internet é ótima, principalmente agora que ela democratiza o conhecimento e torna acessível a opinião das pessoas. Tenha suas opiniões, sendo elas polêmicas ou não! Mas coloque-as no ar sabendo que você poderá influenciar muita gente. Lembre-se de que as pessoas são diferentes e que podem ou não distinguir se o opinador tem conhecimento no assunto, se o texto é cheio de sarcasmo, piadas e ironias ou simplesmente levar tudo a sério ao pé da letra.

Ps: Este texto estava escrito antes do tumulto do caso do blog da Maria Bethânia, mas ele me fez reparar em algo importante: Fazer uma busca mínima para mais informações sobre o assunto e fazer uma errata são ações extremamente raras no twitter. Por que é tão dificil o Internauta dar o braço a torcer? Nos exemplos, parabéns à @marimoon pela errata informativa.

48 comentários »

API e os problemas de privacidade e programação

qua, 16/02/11
por jonnyken |
categoria Facebook, Foursquare, Internet, Twitter
| tags Facebook, Foursquare, Twitter

Para os programadores, uma das grandes graças da Internet 2.0 (nem sei se é uma característica dela, mas tudo bem) é a chamada API (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações). Mas por causa do gigantesco número de programadores e serviços criados, estamos mergulhados em diversos problemas de privacidade e até de segurança. Será que nossos dados estão realmente protegidos com tantos aplicativos acessados diariamente?

Basicamente, a API permite que qualquer programador desenvolva novos aplicativos para uma ferramenta ou site já existente no mercado. Ganham o programador, que pode faturar algum dinheiro com a nova ferramenta, e a empresa dona do site, já que a ferramenta dele fica com mais funcionalidades. Alguns sites como o Google, Facebook, Twitter e Foursquare possuem API aberta para acesso à sua base de dados, algumas com certo controle de privacidade, outras com acesso total, tanto de leitura quanto de escrita.

Lembro-me que logo nas primeiras horas de vida do Migre.me (usa a API de busca do Twitter), o serviço ganhou um hadouken do Rene de Paula, pessoa bastante conhecida na Internet. Infelizmente o comentário ficou perdido na timeline do Twitter, mas era algo como “como vou fornecer meus dados para alguém que nunca vi na vida?”. Aquilo me soou estranho. Primeiro que o migre.me não pedia nenhum dado do usuário. Segundo (e o mais estranho) é que eu tinha participado de uma reunião com o próprio Rene alguns dias antes na Microsoft, o que não me tornava tão estranho assim para ele. Mas mesmo sendo um comentário sem nenhuma lógica para mim, ele me fez pensar como nossos dados estão expostos sem a gente saber.

Liberando o acesso a conta automaticamente você permite que os responsáveis pelo site acessem as mensagens fechadas

Um exemplo: Você sabia que toda vez que uma ferramenta pede sua solicitação de acesso aos dados do twitter, ela tem acesso a todas as mensagens privadas (directs) que foram enviadas e recebidas em sua conta? Seria como você fornecer sua senha de email para um desconhecido. Pois é! Além disso, toda vez que ela pede permissão de leitura e escrita, ela pode enviar mensagens em sua conta, na grande maioria das vezes, sem você perceber (já que ninguém fica olhando sua própria timeline).

Ferramenta criado por um programador conhecido por divulgar abertamente brechas de sistemas, pedindo acesso de leitura e escrita? Qual o propósito?

Obviamente, se o nível de paranoia com a privacidade for muito grande, ninguém usaria a internet. Mas para diminuir eventuais problemas, boa parte dos sites que pedem acesso à sua conta possui um termo de responsabilidade (popularmente conhecido como ToS), dizendo o que eles irão ou não fazer com seus dados (principalmente armazenamento de login, senha e chaves de acesso). Fique muito atento quanto a isso e torça para que ele cumpra o que diz.

Tipico caso de utilização de senhas de terceiros: pessoas entrando na conta dos outros para tuitar/retuitar uma mensagem (fonte: Um passinho a frente)

Outro problema, a meu ver bem mais grave, são os problemas de programação dos sites que utilizam as APIs. Alguns bugs como XSS levam ao roubo de cookies que permitem, por exemplo, enviar uma mensagem na conta do usuário que visitou determinada página. Outros, como um SQL Injection, podem permitir o acesso às senhas ou chaves gravados no banco de dados, possibilitando o acesso completo a contas de terceiros.

Bug que encontrei no começo de fevereiro no Twitcam (uma dos maiores sites de vídeos na internet) permitia roubo de contas e envio de mensagens no twitter na conta de outros usuários. Devidamente reportado e corrigido!

Embora estes problemas aconteçam devido a erros de programação, eles não são exclusividades de sites feitos por programadores inexperientes. Sites grandes como o Orkut ou Twitter já sofreram com problemas de roubo de cookies devido a XSS. Infelizmente, também não precisa ser nenhum Kevin Mitnick para conseguir explorar estas falhas. Uma simples busca no Google exibe milhares de sites explicando como descobrir e explorar estes bugs. SIM! Mais fácil do que fazer bolo de caixinha! Tudo depende somente da intenção de quem procura as falhas: explorá-las (a grande maioria) ou reportá-las ao responsável (a imensa minoria).

O que fazer com esse quadro meio “internet apocalíptico”? Deixar de usar as ferramentas criadas em cima de APIs? Vasculhar a internet em busca de erros para tentar saná-los antes dos oportunistas? Nenhuma das duas. O simples fato de você saber o que pode acontecer com seus dados já permite tomar algumas atitudes simples, como apagar mensagens “secretas”, bloquear acesso para aplicativos inativos, não ficar dando sua senha para qualquer um, etc etc etc. Você nunca estará 100% seguro, mas se um dia roubarem seu carro, que pelo menos seja sem boa parte das suas roupas lá dentro (sim, já aconteceu comigo… snif)

Dicas para usuários
1- Os principais aplicativos como Twitter, Facebook ou Foursquare utilizam oAuth para permitir o acesso dos aplicativos externos para o seus dados. Se uma ferramenta de terceiro pedir sua senha, desconfie. A diferença entre a senha e o oAuth é que no segundo caso, tanto você quanto o Twitter podem bloquear o acesso da ferreamente, sem a necessidade da troca de senha. Além de ser mais seguro, pois as chaves sem a chave principal não servem para nada.

2- Muitas ferramentas não precisam ter acesso de leitura e escrita. Se o objetivo por exemplo é fazer uma simples estatística dos seus dados, não tem porque ele pedir acesso completo.

3- Tenha o hábito de bloquear o acesso das ferramentas que você não usa mais.
Twitter: Vá em Settings > Connections
Facebook: Vá em Contas > Aplicativos e sites > Editar configurações
Foursquare: Vá em Settings > Connections (final da página)

4- Se você quer experimentar uma ferramenta nova, experimente-a e bloquear o acesso ao oAuth logo em seguida.

5- Se você encontrar um Bug, não o divulgue abertamente. Entre em contato com o responsável pelo site e avise-o do problema. Só divulgue a falha após a correção.

6- Apague mensagens que possam trazer algum comprometimento, como senhas ou dados sigilosos. Isso vale tanto para Twitter quanto para e-mails.

Dicas para programadores
1- Sempre utilize filtros, tanto para evitar XSS quanto para evitar SQL Injection.

2- Peça sempre para algum outro programador procurar possíveis brechas de segurança. Uma falha pode comprometer dias/meses/anos de trabalho. Uma pessoa de fora pode encontrar outros bugs de programação.

3- Não basta estudar programação. Vale a pena pesquisar um pouco sobre segurança. Entendendo como as pessoas procuram as brechas ajuda a desenvolver programas mais seguros.

4- Evite usar programas de terceiros na mesma conta que o seu serviço. Por exemplo: Uma falha no WordPress pode permitir acesso aos arquivos do seu site caso esteja com a mesma conta.

5- Se não vai usar a chave / senha do usuário, pra que guardá-la? Apague e pronto!

6- Se vai guardar senha do usuário mas somente para verificação, guarde-a em MD5. Se precisar usar no formato original, guarde-a com AES_ENCRYPT.

7 comentários »

Viva o Reality Show da Web (ou não)

qua, 12/01/11
por jonnyken |
categoria Internet
| tags Facebook, flickr, msn, Twitter, youtube

Nessa semana começou a 11ª temporada do Big Brother Brasil. Aparentemente sem nenhuma webcelebridade, ao contrário do ano passado, em que tivemos a tuiteira Tessália e o fotologger Serginho. Quem me conhece sabe que sou fã do programa desde a primeira temporada e é óbvio que vou assistir. Mas tem gente que vive na internet e diz que não liga (ou até mesmo odeia).  Cada um com seu gosto, mas o mais estranho é dizer isso nas redes sociais, onde a exposição é praticamente um reality show online!

Quer ver? Vamos começar pelos mais antigos. Nos mensageiros instantâneos podemos saber se a pessoa está no computador ou “away”. Muitas vezes, o texto ao lado do avatar diz o que a pessoa está fazendo, como ela está ou para qual cidade/estado/país ela viajou. Tem até plugins do MSN que diz qual a música a pessoa está ouvindo NAQUELE momento!

Mesmo se o Orkut estiver bloqueado para ver os scraps e o álbum de fotos, podemos descobrir rapidamente outros dados, como seus amigos ou  gostos, opções políticas/sexuais/futebolísticas, tanto pela biografia quanto pelas comunidades. Ainda nas comunidades podemos descobrir mais sobre a pessoa: comidas preferidas, se é preguiçosa, qual o lazer predileto, escola e faculdade que cursou, etc etc etc. Isso sem falar nas opiniões expressas nessas comunidades, já que é só fazer uma busca no fórum para ver todos os comentários.

Quantos dados você consegue pegar somente olhando essas comunidades?

Através dos favoritos no Youtube podemos confirmar dados extraídos pelo Orkut: músicas prediletas, assuntos mais favoritados, etc. E se tiver um vlog então…


Olha! Este usuário gosta de Britains Got Talent, NBA e assina quase todos os principais vloggers!

Pelo Flickr, muito provavelmente é possível ver com quem o usuário anda ou viaja. Se gosta de curtir o interior ou o litoral. Sé é uma pessoa de balada ou caseira. Se gosta de tecnologia ou não.  E, claro, se é um bom fotográfo ou não (re re re).


Só nessa foto do Flickr dá para tirar umas 20 informações

Se o pedido de amizade no Facebook de uma pessoa for aceito, ela poderá acompanhar todas as atualizações, “likes”, comentários em fotos e até mesmo o tipo de jogos que gosta! Tudo ali no histórico do profile do usuário. Se não aceitar o pedido de amizade, ainda dá para ver se a pessoa é solteira ou casada.

Se de lambuja também aceitar o Foursquare, poderá ver aonde a pessoa tem ido, em qual hora e se bobear até mesmo o prato predileto.  Qual o momento está pegando o avião, quando chegou, em qual hotel está hospedado e em que hora ela foi dar um passeio no parque.

Se a pessoa tiver um blog ou twitter, muito provavelmente vai expor sentimentos, opiniões, contar situações do cotidiano, falar dos momentos de alegria ou compartilhar os momentos de frustração. A felicidade de um novo emprego, a tristeza de um fim de namoro, etc etc etc.


Pelo twitter dá até para ver se a pessoa acorda cedo ou tarde (ou se agenda a mensagem)

Falando em emprego, acessando o perfil do LinkedIn, é possível ver a formação da pessoa, onde ela trabalhou e por ai tirar outras conclusões. E se chegar ao ponto dela usar o GetGlue… bom, ai estão praticamente convidando a pessoa para assistir um filme no sofá da casa.

E se a pessoa não usa redes sociais, é bem provável que uma busca rápida no Google mostre dados como vestibulares que prestou, se passou ou não, algum evento que tenha participado e se bobear, até notas de algumas matérias que fez durante a graduação.

Pois é. Você pode até não gostar de reality shows. Mas é fato: se você acessa a internet e usa redes sociais, muito provavelmente você está participando de um, com a única diferença que o vencedor não irá ganhar uma bolada em dinheiro.

Ou talvez ganhe, graças à visibilidade alcançada…

PS1: Tirando o MSN, todos os screenshots foram feitos da parte aberta dos sites, ou seja, qualquer um pode ter acesso a eles.

Ps2: Antes que alguém me chame de stalker, todos os dados foram obtidos dos meus perfis. :)

Ps3: BBB das mídias sociais até mesmo no formspring.

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Pelo fim das mensagens de Feliz Aniversário e Natal pela Internet

ter, 21/12/10
por jonnyken |
categoria Facebook, Internet, Orkut, Twitter
| tags Facebook, Internet, natal, Orkut, Twitter


Sim, eu tiro meu aniversário das redes sociais…

É inegável que a Internet e todas as suas ferramentas, como rede sociais e programas de mensagens instantâneas, aproximam as pessoas. É muito cômodo você poder ver se a pessoa está online antes de enviar uma mensagem, ou conseguir conversar em qualquer momento, independente se ela está no trabalho, em casa ou presa no trânsito, manter contato praticamente sem pagar nada, mesmo se a pessoa estiver do outro lado do mundo ou até mesmo trocar mensagens com a pessoa do outro lado da mesa enquanto o chefe faz aquela reunião chatíssima de final do mês.

Mas o que muita gente não percebe é que a Internet também afasta as pessoas. Se você está lendo este texto, muito provavelmente se enquadrou no perfil do parágrafo anterior. Se parar para pensar, possivelmente irá reparar que você não mantém mais contato com aqueles amigos que não são usuários assíduos de Internet, aqueles que só verificam e-mail e olhe lá.

A comodidade e a praticidade de manter contato usando a Internet praticamente mataram o “trabalho” de manter uma amizade. E não é um trabalho muito grande. Atos simples, como escrever um e-mail, uma carta ou (pasmem) ligar para alguém, tornaram-se grandes esforços. Mas tudo bem. Diversos outros fatores como fim da faculdade, troca de emprego ou mudança de residência influenciam tanto ou até mais do que a ausência na Internet, principalmente pela mudança completa de assunto.

A meu ver, os maiores problemas são as mensagens de “Feliz aniversário” ou “Feliz Natal”. Aqui no Brasil o governo tem o (terrível) hábito de fazer feriado para qualquer data comemorativa. Deveríamos tratar essas datas pessoais da mesma maneira. Mensagens como “feliz aniversário e tudo de bom” no Orkut, Facebook ou Twitter chegam a me deixar nos nervos. Por que ninguém mais saca o telefone para ligar nessas datas comemorativas? Veja bem! É óbvio que sair ligando para toda sua agenda de telefone para desejar “Feliz Natal” custaria todo seu 13º, mas ligar uma vez por ano para desejar “Feliz Aniversário” é o mínimo que a pessoa merece se você tem o mínimo de consideração por ela.

E quando as pessoas começam a mandar aquela enxurrada de mensagens de feliz aniversário só porque apareceu na agenda do Orkut? Pior que isso é só quando 99% das mensagens são aqueles clichês como “tudo de bom”, “que todos seus sonhos se realizem” ou “precisamos marcar uma festa para botar os assuntos em dia”. ARRRRRRRRRRRRRGHT!!!

Se você tem o mínimo de consideração pela pessoa, não precisa comprar um bom presente, ir até a casa da pessoa e entregar em mãos. Um simples telefonema, botando os assuntos em dia e relembrando os bons momentos vale muito mais do que qualquer presente! E não ponha tudo a perder falando “eu vi aqui no Orkut que é o seu aniversário…”.

Mas se você é daquelas pessoas que não gosta de falar pelo telefone, mande pelo menos um SMS. Parece que é a mesma coisa que uma mensagem numa rede social, mas para mim é muito diferente. Uma mensagem no Orkut é enviada pela comodidade. Você já está lá, então o que custa dar 2 cliques, escrever uma mensagem de 40 caracteres e pronto. No SMS não. Você tem o trabalho de pegar o celular, escrever um texto, falar algumas coisinhas e pronto. Nem que seja no SMS no site da operadora (de novo, não ponha tudo a perder falando que fez isso).

Mas se você não gosta de falar por telefone e acha a idéia do SMS muito frio, por que não mandar um e-mail? Aproveite que é aniversário do seu amigo e use isso para tentar colocar a conversa em dia. É claro que continua sendo frio de qualquer maneira, mas pelo menos não fica com cara que enviou uma mensagem de felicitações só porque é extremamente prático.

Tudo errado!!! Cartão anexado, “undisclosed recipient”, não usou um serviço de mala direta, sequer apareceu meu nome, etc etc etc. Nããããããão!!

Falando em e-mail, outra coisa que eu acho engraçado (para não dizer que me irrita novamente) são aquelas mensagens de Natal que ou a pessoa coloca todo mundo no campo “CC” do e-mail ou que aparece “undisclosed recipient” – colocou uns 500 e-mails no campo “BCC” (ou “CCO”) e pronto! Quem manda esse tipo de mensagem não está nem ai para o Natal. Se for mensagem de empresa, provavelmente só serve para falar sobre o período de recesso do setor de vendas.

Talvez eu esteja ficando ranzinza demais conforme a idade vai aumentando, mas eu ainda acredito muito na relação entre as pessoas. Se ela é realmente importante, é claro que vale a pena ter um pouco mais de trabalho, doar um pouco mais do nosso precioso tempo e até mesmo gastar nosso suado dinheiro. Acredito que para a pessoa, isso vai ser muito mais inesquecível que qualquer mensagem semi-automática de 140 caracteres. Faça isso pelos bons tempos que passaram juntos. Agora, se tudo isso for trabalho demais, acho que você precisa rever seu conceito de amizade…

No máximo, o que pode acontecer é a pessoa do outro lado soltar um “nossa, que estranho ele ter ligado para mim… acho que endoidou de vez” assim que terminar de ler a mensagem ou desligar o telefone.

PS1 – Só agora que terminei de escrever o texto me lembrei que existem os Correios e que é possível mandar cartas…

PS2: @amandawy! Feliz aniversário! Tudo de bom para você e que todos seus sonhos se realizem!

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Eu não vou ao cinema sozinho

ter, 14/12/10
por jonnyken |
categoria Twitter
| tags Twitter

Eu adoro ir ao cinema. Embora concorde que para alguns gêneros de filmes não faz a menor diferença assistir em casa ou na telona e que o preço dos ingressos custe os olhos da cara, considero o simples fato de você sair de casa para fazer alguma coisa suficientemente válido para compensar todos os transtornos secundários. Mas se tem algo que me recuso completamente a fazer é ir sozinho ao cinema.

A graça da ida ao cinema com mais pessoas começa bem antes: a discussão de qual filme escolher, o papo sobre as expectativas para o filme durante a ida, ter com quem reclamar da falta de lugar marcado na fila, comentar os trailers, etc. Mas o melhor fica sempre para a saída: ver a reação do colega durante os créditos e a discussão sobre o filme durante o trajeto de volta. Quando você vai ao cinema sozinho, você perde 2/3 da graça, ficando somente com o 1/3 que é o filme em si.

O que isso tem a ver com Internet?

Com o cinema, nada. Mas com a TV, tem tudo a ver. Tudo porque o Twitter acabou com a solidão de assistir à televisão sozinho! Embora muita gente odeie o flood (inúmeras mensagens na sequência), ver qualquer coisa pela TV com o Twitter aberto ao lado traz para mim a mesma sensação de ir ao cinema com os amigos.

Por exemplo, em um desses finais de semana aconteceu o UFC 123. A luta principal começou lá pelas 3 da manhã, e mesmo assim várias pessoas da minha timeline estavam discutindo se o resultado dado pelos juízes era justo ou não, cada um com seus argumentos e contra-argumentos, como se fosse uma enorme mesa de bar! Antes disso, discutir assim talvez somente em uma sala de bate papo (onde provavelmente você nunca mais falaria com a pessoa novamente) ou em comunidades do Orkut (onde é bem complicado acompanhar as conversas em tópicos muito movimentados).

Falando em juiz, o que foi aquele pênalti famoso no Ronaldo? Não o lance, mas o Twitter naquele momento! Várias pessoas rindo, indignadas ou tentando explicar o lance, tanto na visão de um corintiano quanto de um anti-corintiano. Infinitamente mais interessante do que as burocráticas mesas redondas das noites de domingo

Dá para citar dezenas de eventos transmitidos pela TV que ganharam outra graça depois do Twitter: finais de novelas, debates políticos, Oscar, Grammy, episódios de seriados, programas de entrevistas, shows, etc. Até esportes menos populares no Brasil, como o futebol americano, transformaram a Internet em um enorme pub (eu sei… Pub é inglês e ingleses preferem rugby, mas eu não sei onde os americanos discutem futebol americano).

Os melhores exemplos são os concursos. Se você acha que eventos de beleza como Miss Brasil, são entediantes, experimente acompanhá-los fazendo uma busca no Twitter. O evento automaticamente ganha outra cara, assim como o Paulo Bonfá e o Marcelo Bianchi conseguiram transformar um simples e horrível jogo de futebol de cantores e músicos pernas de pau em um dos programas mais engraçados da TV brasileira.

A minha sorte é que quase todos os meus amigos off-line são adoradores de cinema e compartilham da mesma opinião de não irem ao cinema sozinhos. Não seria nada agradável eu ir sem companhia e ficar tuitando antes, durante e depois da sessão.

Dicas para acompanhar determinado assunto no Twitter:

1- Descubra a hashtag que os usuários do Twitter estão utilizando para falar sobre aquele assunto. Normalmente é o nome do evento sem espaço, sem acento e com um # no começo. Por exemplo – #missbrasil2010, #paulmccartney, #debate2010, etc

2- Vá até o http://search.twitter.com e faça uma busca pela hashtag. Atualize a janela para ler as novas interações.

Dicas para escrever sobre um determinado assunto da TV no Twitter:

1- Lembre-se de que nem todos os seus followers gostam do que você gosta. O “flood” é inevitável, mas faça com moderação;

2- Coloque sempre a hashtag para que outras pessoas possam acompanhar ou que os outros usuários possam filtrar suas mensagens.

3- Explicar qualquer coisa com 140 caracteres é bem complicado. Lembre-se de que talvez fique difícil justificar alguma opinião extremamente polêmica.

4- Lembre-se de que as pessoas que lhe seguem no Twitter não necessariamente são seus amigos ou compartilham da mesma opinião que você. Aquele comentário maldoso que você guarda a sete chaves ou compartilha só com seus melhores amigos tomam proporções gigantescas na internet. Guardá-lo para si não vai lhe transformar numa pessoa melhor, mas evitará problemas maiores.

5- Evite enviar mensagens sem opinião alguma. Tweets como “Nossa! Que erro feio” ou “Caramba! Esse chute foi longe” não acrescentam nada à conversa – exceto se você estivesse tuitando logo depois do Baggio perder o pênalti em 94 : )

3 comentários »

  • Jonny Ken

    Jonny Ken é o criador do Migre.me, um dos encurtadores de URL mais usados do Brasil e de outras ferramentas na internet como o Kindim ou o Podpods. Também já escreveu em vários blogs corporativos. Atualmente é autor do blog Infopod e do Podcast Decodificando.

    Roberto Cassano

    Roberto Cassano é formado em Jornalismo, com MBA em Marketing. Atua em Publicidade desde 2001 e em Mídia On-line desde 1996. Participou dos movimentos iniciais do primeiro jornal brasileiro na internet, o JB On-Line, e das pioneiras revistas "internet.br" e "Internet Business". Foi executivo do portal de tecnologia Canal Web e diretor de Mídias Digitais na Seluloid. É diretor de Criação e Estratégia da Agência Frog, com ênfase em mídias sociais.

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