TechTudo

Linux – TechTudo
  • REVIEWS
  • BLOGS
  • DICAS & TUTORIAIS
  • ARTIGOS
  • JOGOS
  • DOWNLOADS
  • FÓRUM

Das palavras à ação: #Brasilcomlinux apoiando a busca de um #Brasilsemvirus

qua, 01/02/12 por augusto | categoria Sem categoria

Após ter visto tantas vezes a hashtag da campanha #Brasilsemvirus ser rebatida (no Twitter e em blogs) com #Brasilcomlinux, me senti tentado a escrever a respeito mesmo sabendo que a maioria dos leitores que chegarão a se interessar pelo meu texto já tem formada a sua base de conhecimento sobre segurança digital – pois meu alvo é composto justamente por eles.

Mantenho desde 1996 o BR-Linux.org, um blog especializado em Linux, e o que vi nestes 15 anos me faz considerar irreal, como solução ampla, esperar que os usuários hoje sujeitos a infecções por softwares maliciosos aceitem coletivamente um convite de instalar Linux em seus computadores e passem a estar aptos a mantê-lo melhor do que mantêm o Windows hoje. Não é razão para que o convite deixe de ser feito, mas o torna insuficiente, na minha visão, quando o esforço de quem convida para por aí.

E não penso isso por falta de tutoriais ou de instaladores suficientemente amigáveis, mas porque os usuários que são alvo primário deste tipo de campanha de prevenção, considerados de modo geral, não estão aptos a avaliar mudanças de configuração profundas como a troca do sistema operacional já instalado em seus computadores.

É por isso que este texto se dirige não aos usuários de computadores hoje expostos a vírus e que podem se beneficiar do Linux, mas sim a quem oferece #Brasilcomlinux como sua resposta a #Brasilsemvirus mas pode ter algo de concreto a acrescentar a essa sua resposta.

Questão de atitude

Minha percepção é que muitos dos que usam a hashtag como resposta assumem a atitude de “vírus não é problema meu, uso Linux“. Infelizmente não é verdade, nem mesmo no caso de quem usa essa tag e é de fato usuário de Linux: os vírus que até o momento nem tentam entrar no seu computador mas infestam o do vizinho, o do colega de trabalho e o da sua tia atingem você de várias formas: gerando tráfego que reduz a velocidade da sua Internet, obrigando bancos e sites de comércio eletrônico a tomar uma série de precauções chatas que também se aplicam a você e a seus clientes, multiplicando o envio de spam e mais.

Sou favorável a que as pessoas hoje vítimas de vírus recebam todo o apoio que puder ser dado a elas no sistema que usam, e aplaudo iniciativas de informação e oferta de ferramentas como a da campanha #Brasulsemvirus, com potencial de chegar a pessoas que muitas vezes ficam de fora deste tipo de orientação.

Mas disseminar a ideia alternativa de um #Brasilcomlinux neste contexto também tem um sentido interessante, quando se pensa na prevenção aos vírus de computador: por uma série de fatores (econômicos, de arquitetura de sistemas, de público-alvo e mais), a presença de softwares maliciosos infectando computadores com Linux é rara (e o mesmo também ocorre em outros sistemas UNIX e Unix-Like: OS X, FreeBSD e tantos outros). Só que não basta dizer “os usuários deveriam migrar para Linux” ou “Quem faz campanha com antivírus devia fazer com migração para Linux” e pensar que contribuiu muito.

Linus Torvalds, criador do Linux, tornou célebre a frase “Talk is cheap, show me the code“, ilustrada na simpática caneca da Cafepress acima e que na prática significa o mesmo que “falar é fácil, quero ver é uma solução”. Neste espírito, quero aproveitar a oportunidade e convidar os colegas que em algum momento usaram a hashtag #Brasilcomlinux para fazer pouco caso de uma iniciativa alheia pela redução do impacto negativo dos malwares a buscar também uma ação positiva, ainda que pouco visível, para disseminar o código aberto como solução preventiva.

Não precisa ser nada em grande escala, complicado, nem envolver reuniões ou depender de coordenação e participação alheia: em dezembro eu já havia feito o chamado para que o público técnico aproveitasse as visitas de final de ano para fazer o upgrade do navegador dos netbooks das suas tias, e este tipo de medida local (incluindo a possível substituição por um navegador mais robusto ou baseado em open source) certamente já ajuda a tia bem mais do que twittar que ela deveria estar usando Linux.

Uma resposta mais completa: oferecer um sistema bem mantido

Só que este upgrade de computadores de tias, metafóricas ou não, nunca é uma tarefa simples. Muitas vezes o desafio é saber quando parar, pois quase sempre se descobre que o firewall pessoal estava desativado, o antivírus estava vencido, os plugins Java e Flash estavam desatualizados, etc.

Acostumados a nossos próprios sistemas bem mantidos, à ausência de “utilitários” de segurança que ficam colocando entraves às operações de administração, a ferramentas de atualização automatizadas que funcionam bem e a conexões à Internet de melhor qualidade, nós usuários experientes de Linux muitas vezes sofremos (a ponto de rejeitar o desafio) ao precisar fazer uma manutenção básica nos PCs de nossas tias em que tudo parece ter sido feito para atrapalhar a boa manutenção.

A dura realidade é que mesmo o sistema operacional que a tia usa poderia estar em boas condições de manutenção. Mas raramente se trata de uma versão recente, muitas vezes aqueles recursos indesejados que os fabricantes instalam para “agregar valor” estão lá ativos e ocupando recursos mesmo sem ter nenhuma utilidade prática desejável, a ausência acumulada de manutenção também cobra seu preço, e aí a explicação fácil de que as coisas são assim “porque não é Linux” mascara a realidade de que as coisas são assim porque a tia (que neste caso é uma metáfora para boa parte dos usuários que sofrem regularmente com a ameaça de infecções) não aprenderá a configurar o sistema, usa tudo da forma como estiver, e não conta com alguém que a oriente de forma continuada.

É aí que entra a minha forma pessoal de fazer funcionar a ideia de um #brasilcomlinux para as pessoas que estão ao meu redor, que descreverei a seguir.

Minha receita pessoal para contribuir com o #Brasilcomlinux

Quando suspeito que vou ajudar alguém com a manutenção de um PC nessas condições, tento me preparar levando comigo um pen drive contendo:

  1. a versão atualizada do navegador e dos plugins essenciais
  2. alguns Portable Apps em código aberto para Windows (que rodam direto do pen drive, sem precisar instalar), para casos de necessidade
  3. uma versão recente de uma distribuição Linux (geralmente o Ubuntu) pronta para rodar diretamente, sem instalar.

Minha estratégia é a seguinte: como as tias logo se afastam porque não conseguem prestar atenção por muito tempo nos procedimentos e recomendações que surgem enquanto ocorre o upgrade do navegador, aproveito o momento em que elas saem para fazer um cafezinho e testo o Ubuntu do pen drive nos computadores delas (incluindo aqueles detalhes que muitas vezes nos quebram as pernas: suporte a impressora, à conexão de rede, saída de áudio, microfone, os arquivos no disco do Windows, etc.).

Quando ela retorna trazendo o café quentinho, já estou com tudo testado e apresento a ela o navegador (rodando no Ubuntu, mas ela não sabe), digo que neste momento vai ser normal ela ter de cadastrar novamente a senha da rede social e do webmail, peço para ela testar o acesso ao banco, para ver se seus arquivos (que geralmente não são muitos) estão abrindo, pergunto se ela usa o Skype e peço para testar também.

Quando tudo dá certo, em algum ponto do processo eu ouço o comentário de que tudo está mais rápido, e é aí que conto que na verdade ela está usando o sistema do pen drive. Para ilustrar, dou um reboot para mostrar como é rápido e automático, mostro onde estão os ícones dos aplicativos, digo quais as vantagens (desempenho e segurança), explico que também pode haver incompatibilidades mas que o sistema antigo dela continua lá instalado, e que para usá-lo basta ligar o computador sem o pen drive conectado.

E este é o ponto crucial: é a hora em que demonstro o boot do Windows que já estava lá, no qual me limitei a fazer as atualizações essenciais. Tendo agora uma alternativa para comparar, a tia quase sempre percebe o contraste na visão daquele boot loooongo, seguido de abertura do antivírus, firewall e das várias janelas que se sucedem passando para o usuário a mensagem de “não posso mexer ainda”, bem como o tempo de resposta maior no navegador em um computador que está rodando todo tipo de utilitário de controle e segurança.

Os resultados variam: o conforto de a alternativa conhecida continuar à disposição e o fato de que a maior parte das tarefas delas são feitas no navegador (cuja interação não muda tanto assim) permite que muitas tias aceitem de braços abertos aquele sistema do pen drive, que roda tão mais rápido.

Aí eu as ensino a tirar uma screenshot para me mandar por e-mail quando surgir alguma mensagem desconhecida com as quais elas não saibam o que fazer, me certifico de que saberão voltar para o Windows quando quiserem, e fico preparado para responder a várias dúvidas na primeira semana, e para orientar na manutenção quando for necessário. Caso a adoção do Linux se confirme, uma segunda visita poucas semanas depois levará a uma instalação completa no disco rígido, configurando a atualização automática e tudo que a tia merece em termos de um sistema feito para durar.

Mas sempre há um percentual de tias que preferem que tudo continue do jeito que elas já se acostumaram, e com essas eu não insisto: pouca coisa pode ser mais irritante que alguém que se acha missionário de algum sistema operacional.

Para ir além do Twitter, um #Brasilcomlinux dá trabalho

Manter computadores alheios dá muito trabalho e exige muita paciência, e quando você instala um sistema novo no computador de alguém, ficará marcado para sempre como referência para qualquer dúvida ou problema. Muitas iniciativas (de grande e pequeno porte) de migração para Linux falharam porque quem estava disposto a fazer a configuração não tinha uma solução para a posterior manutenção.

Se for este o caso, às vezes é bem mais cômodo contribuir para o #Brasilsemvirus simplesmente indicando alguém que possa fazer a manutenção regular do Windows do computador da tia. Me envolver diretamente é algo que eu faço apenas pelas pessoas com as quais me importo, ou quando percebo que simplesmente não há outra alternativa.

Embora não me incomode em nada quando elas preferem usar outro sistema, oferecer o Linux como uma alternativa de menos manutenção, para pessoas que não sentirão falta de recursos específicos do Windows, é uma forma a meu alcance de contribuir para que elas aproveitem o potencial dos seus computadores por mais tempo, e que se livrem de diversos casos reais de infecção ou verdadeiras infestações de malware.

Não é propriamente um esforço de inclusão digital ou em busca de ampliar os números do Linux (há iniciativas neste sentido se você quiser procurar e aderir), mas sim uma maneira de contribuir na prática com a solução dos problemas das pessoas próximas que me procuram e que eu gostaria de ajudar, uma vez que a manutenção completa do seu sistema Windows (usualmente desatualizado, frequentemente sem licença e precisando de manutenções profundas) exige técnicas que não domino.

Para mim é uma forma prática, ainda que restrita, de juntar a ideia do #Brasilcomlinux à do #Brasilsemvirus. E que vai além do mero discurso reativo mencionado no início deste texto.

Fica, portanto, o convite: se você já pensou em #Brasilcomlinux quando viu a tag #Brasilsemvirus, e se conhece Linux o suficiente para manter o sistema de alguém, localize entre as pessoas próximas a você quem é a tia que poderia se beneficiar realmente deste sistema como alternativa ao que ela tem hoje, e permita que ela o experimente em seu próprio equipamento.

Após alguns dias, se ela aprovar, providencie uma migração em base mais definitiva, e a ajude na transição: mesmo que seja só um caso, será um resultado bem maior do que o de outras pessoas cuja “contribuição” na prevenção aos vírus se reduz a retrucar com uma hashtag que no caso delas nem sempre vem acompanhada de nenhuma iniciativa real que aumente o número de usuários de Linux ou que reduza a exposição a vírus das pessoas a seu redor!

17 Comentários para “Das palavras à ação: #Brasilcomlinux apoiando a busca de um #Brasilsemvirus”

  1. 1
    Cristiano:
    1 fevereiro, 2012 as 14:01

    Excelente texto. Já fiz algo parecido. Não sou especialista, nem trabalho no mundo da informatica, mas nas horas livres gosto de ler sobre o assunto e foi assim que aprendi a instalar e configurar o Linux (o que é extremante fácil hoje em dia). E por entender (mesmo sendo o minimo possível) sou o “técnico” da família. Certa vez meu primo pediu que formatasse o PC dele, pois estava lento e etc. Fiz o que ele pediu e falei que iria instalar o Linux em dual boot com o Windows. Expliquei tudo. Ele entendeu e concordou. Depois de um mês ele me pediu para formatar novamente o PC, mas desta vez era para retirar o Windows, pois estava ocupando espaço no HD. Hoje em dia ele sua somente Linux.

  2. 2
    Maicon Patrique:
    1 fevereiro, 2012 as 15:18

    Ótima matéria Augusto.
    Eu trabalho como técnico em informática, e sempre aparece algumas pessoas pedindo para mim formatar suas maquinas.
    Como de costume sempre indico a essas pessoas a fazerem um dual boot, usando assim o Windows e o Ubuntu, e caem entre nós o Ubuntu está cadia mais perfeito para o usuário comum.
    Eu tento mostras as vantagens de usar o Linux tais como; menos uso do processador, memoria, aumento na performace da máquina, menos chances de pegar viru e etc. Mas há uma certa resistência por parte delas, ainda mais quando se trata de jogos.
    Por outro lados as pessoas que aceitam a instalação do Ubuntu em suas máquinas ficam de certo modo encantadas, pelo simples fato de não ter um antivirus pesado rodando em sua maquina e com consequência sua máquina tem um exelente ganho de performace.

  3. 3
    Leonardo Bernardes:
    1 fevereiro, 2012 as 15:18

    Augusto, como sempre um texto esclarecedor, didático e certeiro
    Parabéns!

  4. 4
    Luan Almeida:
    1 fevereiro, 2012 as 15:43

    Parabéns pelo post! Concordo plenamente com a sua abordagem do problema, só falar não resolve nada. Foi colocando a mão na massa que eu convenci minha mãe a utilizar Ubuntu depois de ficar de saco cheio de ter que formatar o PC dela uma vez por mês por conta de vírus incontáveis. Hoje fico rindo quando vejo os arquivos .exe e .cmd na pasta de Downloads do Ubuntu.
    No meu trabalho também convenci boa parte dos meus colegas a utilizar Ubuntu, só o Webdesigner que não larga o Fireworks, e não tiro a razão dele, não existe software de igual facilidade para Webdesign em Linux. De resto, até os chefes de TI/Web utilizam Linux.
    Em todos os casos acompanhei de perto e ajudei em eventuais problemas.

  5. 5
    Cristian Martins:
    1 fevereiro, 2012 as 16:35

    Muito bom o texto, mas eu sempre bato nessa tecla o principal problema para se migrar de windows para linux é o bendito MSN, o pessoal acostumo com o WLM, e quando ve que a alternativas apesar de boas, mas que nao tem todo o visual ou recurso do WLM elas desistem

  6. 6
    Itamar:
    1 fevereiro, 2012 as 16:46

    Muito pertinente o seu texto
    Eu já desisti a muito tempo de ser um “pregador” do linux para os “infiéis” que não queriam. O que tenho feito é usar um pen-drive ou um Live-CD com linux para realizar as manutenções mais críticas. (normalmente quando o windows está inacessível). E muitos, não todos é claro, viram e apreciaram o uso que faço do linux como um ferramenta para arrumar o windows e alguns desses, infelizmente apenas alguns, solicitaram a intalação do linux em algum momento.
    Dentre esses a maioria curtiu o uso em dual-boot, e recomendo esse método, para quem usa o Windows para jogos; mas começa a aumentar quem está apreciando o uso do Linux, com uma máquina virtual com algum WIndows instalado, principalmente para quem tem um aplicativo que apenas roda no Windows.
    Em suma, enquanto eu tentava convencer, ninguém me escutou, era como aquele louco da esquina falando bobagens ao vento. Mas depois que apenas mostrei em uso, o interesse já foi bem mais efetivo.
    Não há como negar que a retórica por si só não basta, mas um atitude silenciosa é muito eficente. Mas saber combinar o discurso com a ação me parece ser o ideal. Espero ainda algum dia atingir esse patamar.

  7. 7
    Olnei Araujo:
    1 fevereiro, 2012 as 18:22

    Belo artigo, Augusto!

    Eu tenho feito a minha parte.Sem proselitismo e sem forçar a barra. Mostrando às pessoas que o sistema é simples e fácil.
    No momento, estou acompanhando uma migração de um computador de uma família de amigos. Faz um mês.
    Ligo toda semana perguntando como está indo. Até agora, estão adorando o Ubuntu( com Unity!). E fazendo as coisas que sempre fizeram pelo computador. Outra coisa legal, é que minha irmâ e sua filhinha de sete anos, já estão usando o Ubuntu, já faz um ano, sem nenhuma queixa. Isso prova que o GNU/Linux, para as pessoas “comuns” já está mais do que pronto!!
    Para estas pessoas, não importa o sistema que roda em seus pc’s, eles querem apenas usar o “face”…

  8. 8
    Andreson:
    2 fevereiro, 2012 as 2:46

    Muito bom Augusto!!

    Isso que sempre faço, e sempre mostro o lado bom de se migrar para linux além de muitas vezes ajudar as pessoas a sair da pirataria, na parte da minha família praticamente todos usam linux e só eu que dou manutenção, mas eles quase não ligam mais com problemas, já estão ficando bem habituados e fazem suas tarefas diárias com destreza.

    Vamos ajudar se cada um ajuda suas próprias famílias o numero de vírus vai diminuir e muito e usuários linux vão crescer muito rápido.

  9. 9
    Wellington:
    2 fevereiro, 2012 as 10:05

    Como sempre os profetas do Linux com suas teorias da conspiração do vírus, amigos vírus existem para todos os sistemas. O fato de ter mais vírus destinados para Windows em relação aos demais sistemas é referente a escala de utilização e a base instalada hoje a nível mundial. Falhas de segurança existem em todos os sistemas PRINCIPALMENTE EM LINUX, a falta de interesse em se desenvolver VÍRUS PARA LINUX é justamente a falta de base instalada mundial, mas vamos inverter um pouca as coisas; é se a situação fosse inversa! Qual seria o discurso da comunidade Linux com a perca de usuários para o Windows tendo que enfrentar a sua fácil utilização de interface sistema usuário final. Só para ilustrar já testei várias distribuições Linux e todas as versões do Windows e posso afirmar que a maior falta de conhecimento em informática da grande maioria dos usuários e a causa de formatações mensais da TIAS da matéria. Não vamos confundir educação em informática com a inclusão digital.

  10. 10
    André Pinheiro:
    2 fevereiro, 2012 as 12:41

    Wellington, discordo completamente.

    Atualmente existe sim virus para Linux e todos eles foram mal sucedidos. Se você for dar uma olhada em empresas que oferecem soluções para antivirus, nenhum ou praticamente nenhum deles oferece serviço para usuário de linux, salvo algumas excessões para servidores, cujo foco é outro.

    O Linux possui um sistema bastante completo no que diz respeito a segurança da informação do usuário. No Linux NENHUM programa pode ser instalado se o usuário não usar a senha do adminsitrador e esta não é adquirida facilmente. O Windows também possui um sistema bastante complexo e seguro contra virus e malware, porém se sabe que a maioria dos computadores roda windows não licenciados, e estes que geralmente são os causadores de problemas, pois é necessário abrir brechas dentro do OS para usá-lo sem pagar.

    Acho que o fato de você ter usado várias distros mostra que não entendeu bem para que serve o linux…

    Sobre a inclusão digital, tenho certeza que o linux funciona perfeitamente, principalmente pelo baixo custo de aquisição e não é necessário adquirir licença para instalar em qualquer máquina.

    Linux é sim solução de muitos problemas e usar o discurso de que ele é difícil de usar não é um bom discurso. Prova disso são sites de tecnologia que colocam usuários linux para usar windows e eles acham o Windows impossível de se usar por ser justamente muito difícil

    That’s All folks.

  11. 11
    marcio:
    2 fevereiro, 2012 as 18:03

    Concordo com Augusto e discordo do Wellington em partes.
    Mesmo se tivesse uma grande base instalada , é provável que sistemas Linux não iriam se infectar como o Windows .
    Primeiro porque existem varias distros de Linux e cada uma delas tem varias versões. Vírus são criados especificamente, então seria “improdutivo” para criadores de virus , ter este trabalho todo.
    Outro motivo é o fato de o Linux não funcionar no desktop como usuário administrador (root) , assim mesmo que um virus especifico entrasse no computador , ele não afetaria o sistema operacional porque não teria permissão para tal.
    Existem outros detalhes da arquitetura Linux que não vou detalhar agora e que protegem o sistema.
    um abraço

  12. 12
    Tony:
    2 fevereiro, 2012 as 19:09

    Acho interessante ver que algumas pessoas que usam o linux já instalaram para outas pessoas também.
    Concordo que o linux é pratico, leve e fácil de usar quando se acostuma, mas não deixo de considerar oque o Wellington comentou, se fosse o inverso(linux mais popular, windows de lado), quem garante que o linux não teria problemas com vírus?…eu não sei responder a isso.

    de toda forma adoro o Ubuntu(muito, muito rápido no meu pc), só não abandono o windows porque dependo de grandes softwares,que ainda não encontrei substituto a altura.

  13. 13
    Tony:
    2 fevereiro, 2012 as 19:30

    A verdade é que o linux só é difícil para o usuário comum porque estes jã estão acostumado demais com o windows…
    Embora ainda uso o Windows, no ubuntu tenho tudo que preciso para desenvolver páginas web.
    Para html,php,css etc uso o Bluefish,
    Para editar imagens uso o Gimp,
    Para ilustrações(vetor) uso o Inkscape,
    O servidor lamp funciona perfeitamente,, e por aí vai. o melhor é que é tudo grátis, e sem crack, e pelo menos por enquanto, sem vírus, afinal, como o Wellington disse: “e se a situação fosse inversa?”..

    poucos usuários para windows, muitos para linux, oque garante que o linux não teria problema com vírus?… bom, eu não sei dizer, sou um mero entusiasta.

    Mas pelo menos por enquanto adoro o Ubuntu, muito rápido e eficiente.

  14. 14
    Jorge Bosch:
    2 fevereiro, 2012 as 19:49

    Muito Bom *-*
    Espero poder ver um dia uma aceitação amigável do nosso pinguim, algo sem preconceito, medo ou simples comodismo…

  15. 15
    everaldo santos(técveron):
    2 fevereiro, 2012 as 19:50

    “As vezes me pego em pensamentos como seria uma sociedade 100% linux, penso que será maquinas sem infecção, sem problemas de corrompimentos, perda de dados, entre outros. Não podemos julgar que usa plataforma windows, já que a grande maioria dos microcomputadores, tanto nas empresas, faculdades e nas casas das pessoas já estão com o windows instalado e pronto para oferecer facilidades. A visão do linux é ainda uma visão técnica, por mais que tenha melhorado interface, pessoas que criam blogs, sites bons para orientar aos novos usuários, existe ainda uma cultura que reprime aqueles usuários que estão mudando de plataforma, aqueles mais antigos não em sua maioria, mais alguns condena, “sai pra lá ruindows, volta pra seu windows” já vir muito isso em forum, comunidades, pessoas que buscam novos conhecimentos, que busca usar um novo sistema seja ele, ubuntu, fedora, madriva ou qualquer outro que tenha a filosofia de software livre e uma arquitetura diferenciada do windows, encontra muitos obstaculos”.

  16. 16
    Wellington:
    3 fevereiro, 2012 as 10:19

    Andre Pinheiro; Apesar de ter um usuário root como administrador no Linux que limita a ação de usuários e programas maliciosos, não é garantido a eficácia de 100% que uma violação do sistema não ocorra. Quanto ao fato de que a maioria das máquinas infectadas hoje segundo o seu argumento, seria de máquinas Windows que utilizam ferramentas para burlar o WGA e assim continuarem a utilizar um Windows PIRATA e que devido a isso não teriam acesso as correções de segurança da Microsoft. Com essa afirmação seria ela a causa da má fama do Windows? Seria a culpa do usuário malandro e não da Microsoft quanto ao alto índice disseminação de vírus na rede? Agora vou mudar um pouco a pergunta. Se o Windows no futuro próximo passar a ter seu código fonte livre para desenvolvedores qual seria a reação da comunidade Linux com essa possibilidade? E se isso realmente acontecer, levando em consideração o volume instalado de máquinas com o Windows no mundo qual seria o futuro do Linux com uma concorrência desse porte?
    Veja ter testado várias distribuições de Linux não denota grau de dificuldade para utilizar o Linux, mais sim curiosidade sobre as distribuições e suas diferenças. E claro gosto mas da Ubuntu por sua interface tão intuitiva quanto a do Windows XP.

  17. 17
    Adorilson:
    19 fevereiro, 2012 as 22:24

    Olá Augusto,

    atualmente tenho 3 “tias” em fase de migração. E todas elas já estão na fase de um único sistema instalado, no caso Ubuntu 10.04 LTS (justamente pelo LTS) e um Ubuntu 11.10.

    Além de ensinar a tirar o screenshot, outra coisa que tenho feito a incluido no kit instalação do Team Viewer, para acesso remoto. Até pq uma das tias está a cerca de 3000 km de distância. E o caso dessa foi pq já comprou uma máquina com Ubuntu, felizmente era com Ubuntu, e veio pedir ajuda a mim, se fosse a outro técnico, o final da história teria sido outro.

    Nesse caso, a única barreira que estamos enfrentando é o Bradesco Net Empresa, que só funciona no Windows e ainda precisa ler dados de um pen-drive.

« post anterior
próximo post »
  • Augusto Campos

    Augusto Campos mantém o BR-Linux.org, site da comunidade Linux brasileira que está no ar desde 1996. Especialista em implantação de software livre, atua na cena open source brasileira desde seu início.

  • Últimos posts

    • VLC 2.0 chega repleto de novidades
    • Distribuições comunitárias: Reflexões sobre o destino do Kubuntu
    • Das palavras à ação: #Brasilcomlinux apoiando a busca de um #Brasilsemvirus
    • Kindle Fire: o novo tablet Android mais popular não roda Android – ou algo assim
    • Raspberry Pi: o computador de US$ 25 agora roda XBMC (1080p!) e AirPlay
  • Categorias

    • Código aberto (26)
    • Distribuições (5)
    • Google (8)
    • Hardware (5)
    • Licenciamento (9)
    • Mozilla (6)
    • Multimídia (1)
    • Nostalgia (3)
    • Programação (4)
    • Segurança (1)
    • Sem categoria (7)
  • Mais colunas

    • Baixatudo
    • Blogs
    • Fotografia
    • Gadgets
    • Google
    • Hardware
    • Internet
    • Jogos
    • Mac
    • Microsoft
    • Mobile
    • Negócios