Final Fight, uma das franquias mais populares da década de 90, foi deixada de lado nos últimos anos pela Capcom. Pensando nisso, o TechTudo produziu a lista abaixo com as melhores curiosidades e polêmicas sobre essa que é uma das maiores séries de beat ‘em up da história dos games.
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A origem
Final Fight iniciou o seu desenvolvimento como uma continuação do primeiro Street Fighter. O game chegou a ser apresentado em feiras com o título Street Fighter 89. Com o lançamento de Double Dragon 2, Yoshiki Okamoto, produtor do game, resolveu que ele deveria abandonar o combate entre dois lutadores e apostar no gênero beat ‘em up.

Quando os chefes da Capcom viram o projeto, notaram que ele era muito diferente de Street Fighter, mas viram potencial no jogo, mudando o nome e iniciando uma nova série. Mesmo assim, Final Fight fez parte do mesmo universo de Street Fighter, tendo lutadores como Guy e Cody, heróis do primeiro game, como personagens de futuras versões da série de luta.
Agora chamado Final Fight, o jogo se passa na cidade de Metro City. Quando a filha do prefeito Mike Haggar, Jessica, é sequestrada por uma gangue, seu namorado Cody, Haggar e um ninja chamado Guy resolvem resgatá-la.
Os produtores comentaram que boa parte da trama de Final Fight foi influenciada pelo cinema dos Estados Unidos, em especial o filme Ruas de Fogo, de 1986. Nele, uma cantora é sequestrada por uma gangue e seu antigo namorado, também chamado Cody, vai ao seu resgate.

Com o título completo, Final Fight foi lançado em arcades em dezembro de 1989. O game ainda recebeu um port para o Super Nintendo no ano seguinte, mas com algumas mudanças, como a ausência de Guy como um personagem jogável. Uma outra versão, apenas com Guy, no lugar de Cody, acabou sendo lançada no Japão dois anos depois, com novas cenas de abertura e um final inédito.
O nascimento de Poison
Uma das várias inimigas que você encontra na franquia Final Fight (e que depois acabou indo parar em Street Fighter) é a Poison. Inicialmente, ela deveria ser apenas uma capanga que você deve eliminar durante o game.
Um funcionário da Capcom dos Estados Unidos não gostou muito do fato de você bater em uma mulher no jogo, o que fez Akira Yasuda, designer de Final Fight, afirmar que todas as mulheres que você combate são transexuais. Desde então, a Poison tem em seu perfil que nasceu do sexo masculino, mas, agora, é do feminino.

Mesmo assim, em sua versão americana para o Super Nes, Poison, e sua versão com cores diferentes, Roxy, foram trocadas por dois personagens masculinos, Billy e Sid. Após aparecer em títulos futuros, a sexualidade da personagem acabou sendo abordada e ela acabou fazendo parte do time de lutadores em Street Fighter IV.
Sequência com um gostinho brasileiro
Em 1993, foi lançado Final Fight 2, para o Super Nintendo. Cody e Guy saem de cena para a entrada de novos personagens. Um deles foi Carlos Miyamoto, um espadachim brasileiro que, assim como boa parte dos personagens brasileiros que apareceram nos games na década de 90, tem apenas o seu nome para mostrar a nacionalidade.

Mesmo assim, o fato de ter um brasileiro no game recebeu bastante atenção na época do seu lançamento por parte da imprensa especializada brasileira.
Misturando Street Fighter e beat ‘em ups
Com o lançamento de Final Fight 3, a Capcom resolveu utilizar alguns elementos da franquia Street Fighter para os comandos do novo game. Com isso, golpes especiais, que antes eram feitos com apenas um botão, agora precisavam ser realizados como as “magias” de Street Fighter.
Final Fight 3 trouxe várias melhorias à franquia, como melhores gráficos, o retorno de Guy como personagem selecionável, e um modo coop em que o segundo lutador é controlado pelo computador. O game foi um dos últimos títulos da Capcom lançados para o Super Nintendo.
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Um retorno às origens
Em 1999, a Capcom escolheu Final Fight Revenge como último game a ser lançado para o Sega Saturn. O título trazia a série de volta às suas origens como um novo Street Fighter, colocando lutadores em combates diretos em vez de um beat ‘em up.

Revenge foi o primeiro game da franquia a apresentar gráficos 3D, algo que parecia não combinar muito com o gênero original da série. Personagens como Guy, Sodom, Rolento e Cody, que apareceram em jogos da franquia Street Fighter Alpha, utilizam seu golpes especiais em Revenge. Poison, também presente no game, utiliza golpes similares aos vistos em Ultra Street Fighter IV.
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A americanização do clássico
Tentando agradar um público moderno, ligado a games como GTA, a Capcom lançou, em 2006, Final Fight Streetwise, para o Xbox e PlayStation 2.
O jogo voltou ao gênero beat ‘em up e trouxe um novo personagem Kyle, irmão de Cody, que investiga o desaparecimento do herói do primeiro game e o uso de uma nova droga na cidade. Originalmente, o título deveria ter um visual em cel-shading, mas os chefes da Capcom optaram por algo mais próximo aos gostos do público dos Estados Unidos.
Por isso, o jogo traz uma trilha sonora de hip-hop, nada lembrando os primeiros capítulos da franquia. Streetwise acabou sendo massacrado pela crítica e pelos fãs de Final Fight, fazendo dele o último game (até o momento) da franquia.