Sabe o HiPhone ou o Nokia da foto abaixo? São celulares que até se parecem, mas não chegam perto dos originais da Apple ou da fabricante finlandesa. Esses clones, ilegais e sem direitos da marca original, são responsáveis por uma a cada cinco vendas de celulares no mundo, segundo a própria Nokia. E os responsáveis por isso são justamente os consumidores de países como o Brasil.

(Foto: Reprodução/Engadget)
De acordo com Esko Aho, membro da diretoria executiva da Nokia, a maioria dos aparelhos vêm da China, embora seja um problema de escala global, afetando principalmente a Ásia, América Latina, e até algumas partes da Europa. Ou seja: Países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia, e do leste europeu, como a República Tcheca e Polônia.
Este avanço dos clones acabou afetando a posição de fabricantes como a empresa finlandesa, a maior do mundo em telefonia móvel. Segundo o levantamento do Instituto de pesquisa Gartner, a participação do mercado "cinza" cresceu mais de 20% no terceiro trimestre de 2010.
Em fevereiro de 2010, a Nokia chegou a lançar uma iniciativa chamada "Original1" para combater as falsificações, tanto intelectuais como as de hardware de seus dispositivos, no mundo inteiro. Outras empresas comumente vítimas dos clones são a Apple, a Sony-Ericsson e a Motorola.
Dentre os maiores problemas encontrados nos celulares falsificados, a perda de qualidade é o mais notável. Além de uma construção sensível e de peças de baixa qualidade, os produtos não são capazes de utilizar os serviços originais oferecidos pelas fabricantes, tal como a OviStore, a loja de aplicativos da Nokia, ou a AppStore, da Apple.
No Brasil, não é difícil encontrar clones em lojas de camelô ou na internet. O HiPhone, um dos mais conhecidos, é vendido não só com a aparência do iPhone original, mas até se utilizando da publicidade original para passar desapercebido pelo consumidor. Entre as supostas configurações estão o suporte a dois chips SIM simultâneos, duas câmeras de 8MP com flash, sintonia de televisão e rádio (importante lembrar que não é o sinal da DTV móvel, portanto, a qualidade da imagem é bem precária) e aplicativos Java comuns.
Via Celularis.