A batalha que a DICE enfrenta com seu aguardado Battlefield 3 não será somente com a recriação realista de uma guerra em um contexto moderno, mas também com o passado da série e com franquias de games de tiro-em-primeira-pessoa concorrentes como, é claro, Call of Duty: Modern Warfare. E Patrick Bach, produtor executivo do jogo, se recusa a ser levado pela pressão desta competição.

“Somos suecos”, conta Bach em entrevista à revista Edge. “Temos uma tendência a não tomar partidos. Eu acho que isto se reflete em nossos jogos.” Ironicamente, do que a DICE mais quer se distanciar no posicionamento do seu BF3 é um trabalho da própria empresa: a série Bad Company. “Estamos jogando fora tudo relacionado ao tom da série Bad Company”, que mostrava humor dentro de uma certa estranheza constante. Isto irá ser deixado de lado para a “criação de uma narrativa e um tom completamente novos, baseados em um foco mais autêntico, que tínhamos em Battlefield 2.”
“Controvérsia é provavelmente uma boa ferramenta de marketing”, imagina Bach, “mas fazemos jogos. Nosso objetivo não é criar controvérsia. Não quero que as pessoas se sintam mal jogando nosso game. Nosso objetivo é criar uma experiência de entretenimento divertida.” Assim, o dilema atual é separar autenticidade e fato. O conflito mostrado no jogo é totalmente fictício: “Russos versus americanos é como vermelhos versus azuis. Tentamos não mostrar as razões para a guerra, porque isto poderia acabar mal.”
O design das armas, captura de movimentos e estrutura das missões foram guiadas por Andy McNab, autor e veterano do SAS (Serviço Aéreo Especial, regimento militar mostrado no game), garantindo os detalhes precisos da “fantasia que nós queremos que as pessoas vivam no jogo.” Em relação à comparação com o também aguardado Modern Warfare 3, Bach comenta que os games não estão nem “jogando o mesmo esporte”.
Battlefield 3 será lançado em 25 de outubro para PlayStation 3, Xbox 360 e PCs.
Via Edge