O tribunal da Nova Zelândia negou, na tarde de ontem, o pedido de liberdade sob fiança do fundador do Megaupload.com, Kim Dotcom - conhecido também como Kim Schmitz. Ele permanecerá na prisão até 22 de fevereiro, data de sua audiência. As autoridades buscam a extradição do fundador do site, acusando-o por crimes de pirataria online e lavagem de dinheiro. Ele foi indiciado pela criação de um sistema de compartilhamento de arquivos que violam os direitos autorais.

A defesa de Kim solicitou uma fiança, argumentando que ele não teria risco de fuga ou de retornar com seus negócios. Além disso, o advogado mantém o argumento de que seu cliente é inocente, e não tem culpa pelas ações dos usuários do site. No entanto, segundo o juiz David McNaghton, há uma certa preocupação de que Dotcom saia do país, pois ele teria fácil acesso ao dinheiro que acumulou ilegalmente. "Tenho certeza de que ele tem os recursos financeiros suficientes para obter uma identidade falsa ou documentos de viagens e conseguir transporte para fora do país caso ele decida assim fazer. Com determinação suficiente e recursos financeiros, os riscos de fuga permanecem reais e, por isso, o pedido de fiança é negado" - disse.
Pessoas ligadas a Kim, que também foram acusadas de praticar os mesmos crimes, permanecem presas e aguardam a contestação de seus advogados no tribunal.
Entenda o caso
Acusado pelas autoridades americanas de receber 42 milhões de dólares de seu império da Internet em 2010, Kim Dotcom é um entre as sete pessoas que o Departamento de Justiça americano e o FBI acusam de “pirataria maciça online de trabalhos com direitos autorais registrados, pelo Megaupload.com” e outros sites.
Ele e seus comparsas ofereciam cópias de filmes, programas de TV e outros conteúdos de forma pirateada, prejudicando os detentores dos direitos autorais em mais de 500 milhões de dólares.
Na operação policial em que Kim foi detido, diversos carros antigos, como um Cadillac de 1959, e obras de artes, foram apreendidas em sua na mansão. Também acusado de formação de quadrilha, o fundador do Megaupload pode passar até 20 anos na prisão.
Via Reuters
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