O pesquisador indiano Anantha Chandrakasan do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) criou um protótipo de microchip capaz de gerar energia elétrica a partir de diversas fontes naturais simultaneamente. O chip pode extrair eletricidade para funcionar, no ambiente em que estiver inserido, a partir da luz, de vibrações e de variações térmicas.

O uso de múltiplas fontes de energia se explica pela imprevisibilidade das condições ambientais que os chips de Anantha encontrariam no mundo real. Vibrações mecânicas podem ser comuns num chip médico, inserido no corpo humano, por exemplo. Mas seriam menos frequentes em um sensor posicionado no subsolo.
Embora a ideia por trás da pesquisa soe, em princípio, comum, a tarefa de combinar as diferentes fontes geradoras em sincronia, a ponto delas conseguirem fazer o chip rodar, é um grande desafio de engenharia. Por exemplo, segundo o professor Anantha, circuitos que usam variações de temperatura para coletar energia geram apenas 0,02 a 0,15 volts. Células solares de baixa voltagem, de 0,2 a 0,7 volts, e sistemas de coleta por vibração produzem até 5 volts.
Adaptar o chip para funcionar com todos esses perfis em tempo real é um processo de demorado e de extrema precisão. Sobretudo porque a tecnologia desenvolvida por Anantha visa usar todos esses métodos ao mesmo tempo.
Até hoje, sistemas que funcionavam com várias fontes de energia alternam entre aquela que, no momento, se mostra mais eficiente que as demais na geração. É esse detalhe que faz da pesquisa de Anantha revolucionária: todas as fontes de energia são usadas. Enquanto o chip roda efetivamente a partir de uma delas, a energia coletada pelas demais fontes é armazenada em capacitores.
Via Physorg