A THQ, produtora de títulos como Saints Row e Darksiders, fechou as portas e encerrou suas atividades no final de Janeiro. Diante da despedida da empresa do mercado de games, o TechTudo preparou uma lista com seus melhores jogos publicados.
Segundo o próprio CEO da produtora, a culpa não foi do mercado de games, e sim de diversas decisões erradas tomadas pela empresa. A verdade era que mais da metade de seus títulos consistiam em jogos de baixa qualidade, fracas coletâneas de mini-games para DS e Wii e outras decepções. Porém, no final, o que nos fará lembrar da THQ serão os bons games que se destacam em seu portfólio.
Company of Heroes
Lançado em uma época em que o mercado já estava saturado de jogos situados durante a Segunda Guerra Mundial, Company of Heroes conseguiu chamar a atenção por sua impressionante qualidade. O jogo de estratégia realista subvertia todas as regras consolidadas em clássicos do gênero - sempre com guerreiros medievais destruindo castelos - e criava uma verdadeira experiência de guerra, com muitas mortes, tensão, sangue e desespero.

O jogo era simples, mas trazia uma verdadeira revolução mecânica entre os RTSs, equilibrando de maneira perfeita o realismo e a diversão. As continuações seguiram a fórmula e também são jogos excelentes, um verdadeiro troféu dentre os títulos da THQ.
Warhammer 40.000
Desenvolvido pela Relic Entertainment, os games baseados no famoso jogo de miniaturas, Warhammer 40K, sempre foram produtos de muita qualidade. Com uma série dedicada aos jogos de estratégia (Dawn of War) e outra em combates armados contra os inimigos do Império (SpaceMarine), a THQ provou que era capaz de manejar uma licença com propriedade e criar bons jogos a partir dela.

Claro que o cenário fantástico pré-concebido pela Games Workshop ajudou, mas ambas as séries de jogos se sobressaíram pelo respeito ao material original e a qualidade do produto em todos os sentidos. O universo de Warhammer 40K foi transportado de maneira perfeita para as telas de computador, com toda a complexidade e a violência brutal de um futuro mergulhado em guerra.
Red Faction
Tanto o título original, quanto a sua sequência Guerrilla, são jogos que fogem do lugar comum. Ambos são First Person Shooters de ficção científica que investiram bem em história e cenário, além da diversidade de ações disponíveis ao jogador. Em Red Faction você não anda e atira todo o tempo, existem missões extremamente complexas e cheias de objetivos para se realizar, de maneira bem similar a clássicos da Rare, como 007 Goldeneye e Perfect Dark.

Outro fator igualmente interessante acerca de Red Faction é que, em muitos sentidos, ele caminha no limiar entre o certo e o errado, fazendo com que o jogadore questione a ética do personagem dentro do jogo. Em Guerilla, as ações tomadas pelo protagonista não são muito diferentes do que hoje em dia chamamos de terrorismo, criando uma camada de complexidade muito interessante ao título.
Saints Row
O que começou como uma sátira a GTA se tornou praticamente um estilo próprio de jogo. Mesmo sem ter os melhores gráficos e com uma boa parcela de bugs, Saints Row virou sinônimo de diversão, com seus dildos gigantes e personagens desbocados.

A liberdade de Saints Row também parece maior do que aquela oferecida por GTA, com ainda mais diversidade e confusão. Perseguições em carrinhos de golf, surfar em cima de carros com uma bazuca, bater em policiais com um vibrador… Tudo na série é elevado à décima potência e, por esta razão, ele não poderia ficar de fora da nossa lista.
Amnesia
Desenvolvido pela independente Frictional Games, Amnesia é de longe um dos melhores jogos publicados pela THQ em toda a sua história. Um dos poucos títulos realmente assustadores da última década. Em Amnesia você é um homem que acorda sem lembranças em uma mansão, que guarda muitos segredos estranhos. Seu objetivo é explorar o local em busca de respostas sobre sua condição.

O título é insuperável em termos de tensão e da densa atmosfera de medo que permeia o game. Além disso, você não pode fazer nada a não ser correr, já que não existem armas no jogo para se defender das aberrações que assombram o lugar.
Os jogos da Double Fine
Os dois últimos jogos da sempre excelente Double Fine foram publicados pela THQ: Costume Quest e Stacking. No geral são dois games brilhantes de Tim Schafer, que não se assemelham a praticamente nada no mercado.

Em Costume Quest você deve resgatar o seu irmão ou irmã durante o halloween, enquanto troca e resolve puzzles envolvendo os poderes das suas diferentes fantasias. Cada uma das roupas também se transforma durante as batalhas, que são verdadeiramente épicas. Tudo isso com um design simples e agradável, uma especialidade da Double Fine.
Stacking, por sua vez, é ainda mais ousado. O jogo tem com tema as Matryoshkas (bonecas russas), e se ambienta em um mundo inteiro feito destes interessantes personagens. Você joga com o menor boneco da região, podendo entrar em diferentes corpos para acessar suas habilidades, tudo isso em um elegante cenário do inicio do século XX.
Darksiders
O game coloca o jogador no controle de um dos Cavaleiros do Apocalipse (Guerra) e se apropria de diversos elementos dos famosos jogos da série The Legend of Zelda, para Nintendo 64. A mistura de belos cenários, personagens carismáticos e uma jogabilidade já consagrada são os destaques de Darksiders.

Darksiders não se preocupa em disfarçar as semelhanças com Zelda, mas, ainda assim, é muito divertido comandar um Cavaleiro do Apocalipse e arrancar algumas cabeças com armas enormes. A continuação Darksiders 2, também divertida, optou por buscar inpiração em outro grande jogo, God of War. Mais uma vez o título foi recebido com relativo sucesso.