O Xiaomi RedMi 2, enfim, chegou ao Brasil. Depois de meses de suspense, adiamentos e incertezas, a "Apple chinesa", como é conhecida, apresentou seu primeiro smartphone em terras brasileiras, que chega por R$ 499. Durante seu tumultuado evento em São Paulo, a Xiaomi também anunciou sua pulseira inteligente, a Mi Band, e o carregador portátil Mi Power Bank.
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As configurações do RedMi 2 não são consideradas top de linha, mas impressionam pelo preço: R$ 499. O aparelho chega ao Brasil mais barato do que concorrentes de peso como Moto G, LG G3 Beat e Galaxy Win 2 Duos. Lançar aparelhos de baixo custo já é característica da Xiaomi e, segundo Hugo Barra, vice-presidente internacional da empresa e ex-diretor do Google, faz parte da filosofia da companhia: "Trazer inovação para todos”.

Em uma provocação direta a alguns concorrentes, Barra deixou de fora, em sua tabela de rivais, fabricantes de peso do mercado nacional, como Sony, Microsoft Lumia e Asus. Todas oferecem excelentes opções de aparelhos que rivalizam com o recém-chegado RedMi 2, como Xperia E4, Zenfone 5 e o Lumia 640.
Design
O aparelho está disponível em cinco diferentes cores: rosa, amarelo, verde, preto e branco. Sua tela tem 4,7 polegadas, mesmo tamanho do iPhone 6, e pesa 133g. Seu acabamento é fosco texturizado e a parte de trás do celular tem uma camada resistente a impressões digitais e oleosidade.

Performance
O Redmi 2 traz arquitetura de 64 bits da Qualcomm. O processador é Snapdragon 410 quad-core de 1.2 Ghz. No total, são 1 GB de memória RAM e 8 GB de memória interna (expansível até 23Gb). A bateria tem 2265 mAh – de acordo com Hugo Barra, 25% maior que a capacidade do iPhone 6. A tecnologia Quick Charge 1.0 permite carregar o celular até 20% mais rápido que os smartphones convencionais.

Tela
A tela do smart é HD (1280 x 720) e possui 312 ppi. Também é inteira laminada, ou seja, os pixels estão mais próximos da superfície. Dessa forma, há melhorias na qualidade da imagem e diminuição de problemas de reflexos.
Câmera
A câmera traseira tem 8 megapixels, sensor retroiluminado, lente de cinco elementos e abertura f/2.2. Já a câmera frontal traz 2 megapixels e sensor retroiluminado. Além disso, há o sistema Beautiful que por meio de algoritmos identifica a pessoa da foto por gênero e idade e, a partir daí, faz retoques nas fotos. A câmera conta com tecnologia HDR.

Conectividade
O celular apresenta a possibilidade de utilizar dois chips e ambos com internet 4G (dual SIM 4G). No sistema do aparelho é possível customizar os botões para facilitar o uso das duas linhas. O Redmi está preparado para 150 Mbps de velocidade de download e até 50Mbps de velocidade de upload.
Sistema
O Redmi 2 vem com o sistema operacional MIUI 6, baseado no Android 4.4 (Kitkat). O foco do software é a personalização. É possível chacoalhar o celular para organizar os aplicativos e também escolher entre diferentes temas que personalizam o celular, como natureza, clima tropical, carros ou dark. O Redmi conta com antivírus nativo, sistema de limpeza, controle de uso de dados e perfis de bateria.

Disponibilidade
As vendas começarão no dia 07 de julho às 12h, mas está disponível em pré-venda a partir desta terça-feira (30). Quem deseja comprar o RedMi 2, deve fazer um registro no site oficial da empresa.
Mi Band e Mi Power Bank
Já a Mi Band, pulseira inteligente da Xiaomi, também desembarca em terras brasileiras com preço baixo. À prova d’água e com bateria que dura 30 dias, o gadget custa R$ 95. Para comparação, o modelo mais barato da Sony pode ser encontrado por R$ 399. O terceiro lançamento da tarde foi o Mi Power Bank. A bateria portátil de 10.400 mAh, pode ser encontrada no Brasil por R$99.

Filas, atraso e queda de luz
Antes de mostrar seus produtos, a gigante chinesa sofreu com três grandes problemas: excesso de público, falta de luz e o enorme atraso. Hugo Barra só subiu ao palco pouco depois do meio-dia - o evento tinha previsão de começar 10h30. Mais cedo, Barra realizou seu primeiro "ato público" pela Xiaomi: uma "volta olímpica" para cumprimentar os MiFãs.
Segundo a assessoria de imprensa da Xiaomi no Brasil, eram 700 fãs cadastrados dentro do anfiteatro, mas cerca de 800 pessoas, que apareceram em razão das notícias da chegada da empresa, não puderam entrar, já que não estavam devidamente cadastradas. A companhia anunciou que fará outra apresentação, às 15h desta terça, para que todos possam conferir os lançamentos.
Por volta de 10h50 a luz do Shopping Vila Olímpia (SP) – onde o teatro está localizado – acabou, prejudicando mais uma vez o evento. A energia foi reestabelecida alguns minutos depois, e a assessoria frisou que o problema da luz é responsabilidade da administração do shopping e não soube dizer o motivo.

A Xiaomi montou o seu escritório no Brasil em agosto do ano passado, em São Paulo e, desde então, vem tomando diversas providências para viabilizar sua entrada no mercado nacional. Uma delas foi a adoção da fabricação dos aparelhos em solo brasileiro.
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