Azure Striker Gunvolt é o jogo de aventura lançado para Nintendo 3DS e 2DS pela Inti Creates, estúdio responsável pela criação do jogo Mighty Nº 9, que será lançado em 2015. Ambos os jogos possuem ninguém menos que Keiji Inafune como Produtor Executivo, que possui em seu currículo jogos como Megaman, Onimusha, Lost Planet, Dead Rising, entre outros. Fizemos a análise deste jogo que se passa em um futuro onde humanos receberam poderes especiais. Confira:
Mighty No. 9 é o novo jogo do criador de Mega Man

História
Alguns anos atrás, alguns humanos começaram a surgir com uma capacidade física especial. Eles tinham poderes incríveis, que excediam o padrão humano, permitindo-lhes controlar elementos, ter grande velocidade, criar ilusões, dentre outros. Esses indivíduos foram batizados de Adepts e eram visto pela humanidade como um perigo eminente.
Preocupado com a evolução e crescente proliferação destes indivíduos, um conjunto de empresas chamado Sumeragi Group surgiu para prender e controlá-los. Lógico que os humanos aceitaram tal proposta, mas muitos Adepts – se não todos – não concordaram com essa política.
Eis que surge um grupo rebelde chamado Quill, que descobriu o real objetivo da Sumeragi: capturar Adepts para realizar experiências, estudá-los e torturá-los física e psicologicamente. O jogador controlará Gunvolt, o melhor e mais poderoso membro do grupo liderado por um homem chamado Asimov. Gunvolt é um Adept que possui a capacidade de controlar a eletricidade e utiliza uma arma de cargas elétricas. Ao iniciar a campanha, Gunvolt recebe a missão de assassinar Muse, uma cantora Pop virtual financiada pela Sumeragi.
Nostalgia Gráfica

Não tem como não jogar Azure Striker Gunvolt e não se lembrar de um título muito famoso de Inafune: Megaman. Os gráficos lembram muito os do famoso jogo do robô azulado, e mantém a beleza do mesmo. Utilizando gráficos 2D, Azure Striker Gunvolt possui personagens e cenários muito bem desenhados e criativos, sendo difícil escolher um favorito.
Embora os traços sejam em duas dimensões, é possível perceber profundidade no cenário e uma boa taxa de quadros nas animações. Falando em animações, outro ponto positivo para o jogo se dá na criação de seus efeitos, como ao usar uma habilidade especial. Ao escolher o poder que quer usar, uma cutscene aparece ao melhor estilo Anime, seguido de uma animação com belas cores e trabalho gráfico.
Jogabilidade fluída
Por ser um jogo criado exclusivamente para os consoles da Nintendo, foi possível a criação de uma jogabilidade polida e fluída para o título. A mecânica do jogo permite que seu gameplay seja muito dinâmico, ao mesmo tempo que divertido. Não é necessário mais que alguns minutos de jogo para que se entenda todas as nuances do título. Atirar e correr ao mesmo tempo enquanto eletrocuta o oponente serão tarefas fáceis para o jogador.

Não há muitos controles para decorar: o jogo conta com os controles direcionais padrão. Um comando para disparar as cargas elétricas, um comando para pegar impulso e se movimentar mais rápido, um comando para salto e dois para soltar a carga elétrica, além, é claro, dos botões de Habilidade Especial, que podem ser acessados tocando na touchscreen do console. Além disso, é possível customizar Gunvolt com novos equipamentos, armas e habilidades a medida que se avança na campanha.
A música que move um Adept
A missão inicial de Gunvolt é assassinar uma cantora pop chamada Muse, mas ele logo descobre que a cantora em questão é um avatar de uma Adept chamada Joule, que foi criada em laboratório pela Sumeragi e que possui a habilidade especial de influenciar em outros Adepts através da música.
E eis aqui um ponto positivo deste quesito: as músicas do jogo realmente são belas e inspiradoras. Compostas pelo talento Ippo Yamada – que criou a trilha sonora de alguns jogos da franquia Megaman, Resident Evil e Super Street Fighter II -, as músicas são interpretadas por artistas reais e são muito bem encaixadas no gameplay.

Por exemplo, ao morrer nas primeiras fases do jogo, Gunvolt é ‘ressuscitado’ por Joule após ela cantar uma música para ele, retornando-lhe sua energia total e poderes mais fortes. A música é realmente bonita e faz o jogador querer ouvir mais e mais. Outro exemplo é quando se atinge uma certa quantidade de pontos, onde uma diferente – mas ainda bela – musica é tocada para inspirar e motivar o jogador.
Com falta de dublagem, o jogo se limitou a criação pequenas falas para heróis, inimigos e chefões, mas nada que impressione o jogador. É sabido que um jogo ocupa mais espaço quando se aplica dublagens aos personagens de um jogo, e é sabido também que espaço é algo crucial ao se tratar de um portátil, contudo, seria uma experiência incrível para os fãs do gênero, além de tornar-se uma Ode ao saudosismo.
Aquela boa e velha diversão
Embora seja linear, o gameplay de Azure Strike Gunvolt não é cansativo nem tampouco sem diversão. Cada fase oferece um desafio diferente para todas as idades e públicos. Os chefões são bem trabalhados e difíceis de derrotar, possuindo padrões de ataques e habilidades diferentes que devem ser analisadas durante o combate. Ao subir de nível, novas habilidades são desbloqueadas, e ao derrotar um inimigo, novas armas e peças surgem.

A campanha possui uma ótima duração, e mesmo que o jogador a termine, ainda há os Challenges que podem ser realizados. Tratam-se de desafios em que o jogador deverá cumprir alguns requisitos nas fases para poder desbloqueá-los, como concluir uma fase sem receber dano, ou finalizá-la com uma alta pontuação, por exemplo.
Conclusão
Azure Striker Gunvolt cumpre a sua proposta de ser um jogo divertido, saudosista e bem trabalhado. Possuindo uma equipe talentosa liderada por um dos maiores nomes da cultura gamer e custando muito menos que grandes títulos no mercado, o jogo que indiretamente se torna um sucessor de Megaman é uma ótima pedida aos fãs do gênero, garantindo-lhes horas e horas de diversão.
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