Corpse Party é uma das séries de terror mais perturbadoras da atualidade. Lançado originalmente em 2011 para o PSP, o game ganhou mais destaque com o passar do tempo, graças aos anúncios e a compatibilidade com o PS Vita. Com visuais limitados, os jogadores vão se impressionar com a mistura de terror misturado e a extrema violência.
Corpse Party traz terror perturbador para os videogames (Foto: YouTube) — Foto: TechTudo
A história é relativamente simples: a trama começa com um grupo de estudantes na escola que conta histórias de terror. Segundo os alunos, antes da construção, ali havia outro colégio, onde o filho do diretor assassinou brutalmente quatro crianças.
Ao realizarem um ritual aparentemente inocente, eles acabam sendo transportados para uma espécie de dimensão paralela, onde a antiga escola ainda está de pé e as crianças assassinadas a assombram. Rodeados de cadáveres de estudantes por toda parte, eles tentam descobrir uma maneira de escapar e se salvar.
A maior parte da história se divide através de cinco capítulos da campanha principal. Esse não é um jogo exatamente longo, mas, como há muito texto e muitas oportunidades para ficar perdido ou cair em finais errados, os jogadores podem achar a duração do game mais mais extensa do que realmente é.
Poucos alunos da turma irão sobreviver a essa brincadeira inofensiva (Foto: YouTube) — Foto: TechTudo
Há alguns capítulos adjacentes que funcionam como extras. Apesar de adicionar detalhes à história, eles não são interessantes quanto a campanha principal. Mesmo após terminar o jogo, muitas perguntas ficam no ar.
Isso não quer dizer que a história não seja bem contada. A forma como o enredo se desenrola torna esse jogo um dos mais assustadores do mercado. O grande grupo inicial é dividido em várias duplas, tecnicamente na mesma escola, mas em dimensões levemente diferentes. Os estudantes não conseguem se comunicar, explorando a visão de diferentes personagens em cada capítulo.
A jogabilidade, por outro lado, é um pouco mais complicada. A escola não é muito grande, porém, explorá-la é um pouco demorado, já que os personagens são lentos. É preciso também ficar atento a vários detalhes, pois, às vezes, todo o progresso ficará parado até que você repare em algo pequeno, como um papel jogado em algum lugar.
Em alguns momentos a linearidade de Corpse Party atrapalha o ritmo de jogo (Foto: Diehard GameFAN) — Foto: TechTudo
Toda essa linearidade, que exige realizar certos eventos em uma ordem específica, pode atrapalhar o ritmo do jogo.
Algo que ameniza esses problemas são os finais alternativos. Em alguns momentos, você vai precisar tomar decisões e realizar ações em uma certa ordem ou dentro de um limite de tempo. Caso você cometa erros, pode acabar com um final errado, ilustrado por mortes macabras.
Mesmo para o PSP, os gráficos estão em um nível bem baixo. O jogo foi originalmente feito no software RPG Maker para PC, com gráficos bem característicos dessa ferramenta. O visual é baseado em titulos da geração 16 Bits.
Mesmo com gráficos simples Corpse Party ainda exibe muita violência (Foto: Game Mob) — Foto: TechTudo
O som é um show a parte. Toda a dublagem está em japonês. Então, se você não for fluente no idioma, não irá entender as falas. Cada dublador demonstra muita emoção na voz, que, aos poucos, transparece o desespero dos estudantes.
Gritos e gemidos são extremamente comuns e perfeitamente acreditáveis, como se realmente essas pessoas estivessem vivendo aquele terror. Os efeitos sonoros também não ficam atrás. Em algumas cenas, toda a tela fica preta e apenas somos guiados por som e texto. Não coincidentemente, essa é uma das cenas de maior tensão.
Corpse Party faz um trabalho excelente: o game traz o perturbador terror japonês para os videogames, mesmo sacrificando alguns elementos, como gráficos datados Com uma jogabilidade muito linear, esse é um dos poucos títulos de terror que conseguirá passar tensão para os jogadores mais experientes.
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Prós
- História envolvente
- Muito terror e suspense
- Dublagem e som excepcionais
Contras
- Gráficos datados
- Linearidade e dificuldade