O Galaxy Note Edge é a versão mais recente do foblet da Samsung. Ele é o irmão com tela curva do Galaxy Note 4 e vem com preço mais alto. Apesar de ser um precursor da tela curvada (o Note Edge foi lançado antes do Galaxy S6 Edge), as reais funcionalidades da tela arredondada deixam a desejar. Será que o smartphone grandão vale mesmo R$ 2.800? Confira os resultados dos nossos testes.
Descubra dez funções 'escondidas' dos smarts Galaxy da Samsung

Design
O Galaxy Note Edge faz parte da linha de smartphones grandes da Samsung. Lançado em setembro de 2014, o Edge traz 5,6 polegadas e a tela curva, principal característica que o diferencia do Galaxy Note 4. São 151,3 mm de altura, 82,4 mm de largura e 8,3 mm de espessura. Apesar do tamanho, o gadget é leve, com 174 gramas.

Na traseira, um detalhe interessante: o material usado é plástico, mas tem textura de couro, que deixa o aparelho mais bonito e um pouco mais fácil de manusear. Há também a câmera e o sensor de digitais, que pode ser usado para medição de batimentos cardíacos, tirar selfies ou desbloquear o aparelho.
O ponto fraco do design do Note Edge é, justamente, a tela dobrada. Por causa dela, o espaço lateral para segurar o aparelho ficou bem fino. Na hora de pegar o celular de alguma superfície, como uma mesa, por exemplo, os dedos encostam na parte curva da tela, que acende, pode abrir algum aplicativo sem querer e ainda fica marcada com as digitais.

Essa característica fez o botão de ligar/desligar ficar na parte de cima do aparelho. Os botões de volume ficam na lateral esquerda e, embaixo, está a entrada para a caneta S Pen, que sempre acompanha os smarts da linha Note.
Destaque para os detalhes de metal que fazem o contorno do aparelho. Nós testamos o Note Edge branco, que é bonito e tem visual elegante. Há versões disponíveis em preto, branco, dourado e rosa.
Tela
O Galaxy Note Edge foi o primeiro smartphone de tela curva lançado pela Samsung, antes mesmo do Galaxy S6 Edge.

Não há grandes funcionalidades na tela lateral. É possível incluir atalhos para alguns aplicativos, ver algumas notificações e até mesmo incluir uma régua de 10 cm. O foco da tela curvada é a personalização. Há algumas opções de layout pré-instaladas e ainda outras para baixar na loja da Samsung. O usuário pode também escrever sua própria mensagem. Mas não há nada na "dobrinha" da tela que justifique o preço mais alto do celular.

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De qualquer forma, assim como acontece com o Note 4, a tela Super Amoled Plus QHD com resolução de 2560 × 1440 pixels chama muito a atenção. O contraste é ótimo e as cores são vivas. É uma das telas de smartphone mais bonitas do mercado; só perde para o Galaxy S6 Edge, que tem a tela curvada dos dois lados (esquerda e direita).
Um detalhe: testamos o Note Edge com sua capinha oficial, a Flip Wallet. Ela deixa a tela curva de fora, o que faz sentido, já que podemos ver as notificações sem mexer no aparelho. Mas, por outro lado, faz parecer que a capa tem um defeito, pois ela é menor e não protege todo o aparelho. Quando clicamos na notificação da tela curva, ela exibe a mensagem “Abra a Capa”, o que não parece muito inteligente.

Desempenho
Por dentro, o Galaxy Note Edge carrega um processador potente: um Qualcomm Snapdragron 805, quad-core de 2,7 GHz. A memória RAM é de 3 GB e a interna pode ser de 32 ou 64 GB, expansível até 64 GB via microSD. Com esses números, ele se tornou um dos smartphones com as melhores especificações de hardware do mercado
O Galaxy Note Edge tem usabilidade fluída, funciona sem travar e não apresentou lentidão alguma em nossos testes com aplicativos e jogos

O sistema operacional é Android 5.0 (Lollipop) com a interface TouchWiz, uma customização feita pela Samsung. Há alguns aplicativos nativos, como o S Health, que não podem ser desinstalados, mas isso não é um problema para o usuário.
A caneta S Pen, assim como acontece no Note 4, traz várias opções interessantes, como circular uma parte da tela para fazer screenshots, capturar a tela toda e fazer anotações em cima dela e transformar fotos ou prints de frases em textos editáveis. Ela ainda permite desativar o reconhecimento do toque das mãos. Ou seja, você pode encostar na tela enquanto escreve. São funções legais, mas que, no dia a dia, podem ter pouca praticidade e não fazem muita diferença.

O Note Edge tem também um sensor de digitais no botão home, que fica na frente do aparelho. Em nossos testes, ele funcionou normalmente para desbloquear o celular no lugar da senha numérica – recurso útil e funcional.
A bateria removível de 3.000 mAh é um pouco menos potente que a do Note 4, que tem 3.220 mAh. Mas durou, em média, 1 dia e meio em nossos testes, com uso moderado, o ideal para um aparelho desse porte. O Galaxy Note Edge tem suporte à apenas um chip e conta com conexão 4G.

Câmera
A câmera do Note Edge é excelente. São 16 megapixels na câmera principal, com abertura f/1.9 e recursos muito interessantes, como o Smart OIS (estabilizador óptico de imagem), que evitam que as imagens fiquem tremidas, além da possibilidade de personalizar o balanço de branco, brilho e efeitos.

As fotos tiradas durante o dia têm nitidez, cores vivas e alto nível de detalhes. A câmera talvez seja o ponto alto do gadget deste gadget da Samsung. Ela faz jus ao nome de ‘top de linha’ e bate de frente com a câmera de outros smarts, como o iPhone 6, por exemplo.
Na câmera frontal, a resolução é de 3,7 megapixels com vários recursos. Merece destaque a lente com ângulo de 120º e modo Wide Selfie, que permite incluir mais amigos (ou um cenário maior) no autorretrato.

A gravação de vídeos é em 4K (3840 x 2160 pixels) com 30 fps, uma qualidade também excelente, que permite capturar boas imagens em movimento.
Neste quesito, um ponto positivo da tela curva: o menu da câmera fica na borda, deixando o display livre para visualizar a imagem a ser capturada. Porém há um ponto negativo: o botão da câmera fica na tela edge também, dificultando o disparo para quem tem mãos pequenas.

Custo-benefício
O Galaxy Note Edge é cerca de R$ 800 reais mais caro que o Galaxy Note 4, atualmente encontrado nas lojas por R$ 2.000. A principal diferença é a tela curva, que, apesar de impressionar quem vê o smartphone pela primeira vez, não traz funcionalidades importantes.
Os pontos positivos do aparelho, como a câmera, que chama a atenção pela qualidade; a excelente resolução da tela; e a caneta S Pen, com seus recursos interessantes, também estão presentes no irmão mais barato – e tão potente quanto o Edge.
Por isso, o Galaxy Note Edge não vale o preço. Quem quiser um smartphone com tela curvada e não estiver preocupado com valor, pode optar pelo Galaxy S6 Edge, que, mesmo sendo um pouco menor, é mais recente e mais bonito.
