Ghostbusters é o novo game de ação para PS4, Xbox One e PC que tenta pegar carona no filme Caça-Fantasmas, remake/reboot inspirado pelo clássico dos anos 80. Porém, o jogo traz uma dinâmica inédita, além de personagens novos e que não estão em nenhum filme, como forma de tentar inovar. O esforço é válido, mas o resultado fica bem longe do esperado. Confira o review e entenda:
Top 10: Melhores jogos baseados em filmes
Quem podemos chamar?
A pergunta parece errada, mas é proposital. A questão “quem você vai chamar?”, que acompanha a série Caça-Fantasmas há décadas, parece perdida aqui. Frente ao novo game, quem podemos chamar? A quem recorrer para nos salvar do que vem adiante? É verdade que a intenção foi boa, mas não se trata de um título digno da história da saga.

Ghostbusters começa tranquilo e promissor, com uma tela de título pomposa e que chama a atenção, mas logo se inicia o show de problemas. As cenas do game que contam a história, e como tivemos a reunião desse novo grupo, são mostradas com gráficos bem básicos, que parecem ter saído de um desenho animado em computação gráfica do início dos anos 2000.
Isso já seria problema o suficiente, se não fosse pelo fato de que o game é pouco otimizado para rodar em qualquer uma de suas três plataformas em que saiu. O resultado disso se traduz em “cutscenes” lentas e que transmitem um sentido de “trabalho mal realizado”, ou, no mínimo, realizado com pouco capricho.

Os mínimos detalhes parecem não salvar um game que já nos mostrou ter problemas nos seus primeiro segundos, mas a história até que não é ruim. Ela diverte no ponto ideal da saga Caça-Fantasmas, com personagens carismáticos, marcantes e diversificados. Tudo lembra um desenho animado dos anos 90 bem produzido, com exceção dos problemas técnicos já citados.
Veja ofertas e promoções do Ghostbusters na Amazon.com.br
Prepare os prótons!
Vamos à jogabilidade: ao menos ela deve salvar o jogo, certo? Na verdade não é bem assim. A falta de capricho – e de preocupação – atingiu até mesmo o ponto principal do game. Seus controles são bem básicos e não comprometem, mas a diversão fica lá embaixo, com cenários repetitivos, chatos e pouco empolgantes.

Ghostbusters é um jogo de tiro com alavancas analógicas, ou seja, controlamos o personagem em cenário 3D e visão isométrica com uma das alavancas, enquanto com a outra miramos os tiros que precisam ser direcionados aos inimigos – neste caso fantasmas e criaturas similares.
O problema é que os personagens realmente usam tiros, armas de fogo modificadas com algum tipo de tecnologia fantástica, e não sua mochila de raio de prótons, que só é utilizada com golpes especiais e contra chefões, mais adiante.

As fases não ajudam em nada em favor ao jogo. Elas são praticamente iguais e chatas de se terminar. Os inimigos se repetem, há pouca emoção envolvida e não há muito a ser feito a não ser por atirar em todos os lados e ver quem atinge. Contra os chefões a coisa muda um pouco de figura, mas nada que vá te salvar do completo tédio.
Outro problema é que o game depende muito do seu modo cooperativo, entre até quatro participantes, mas ao mesmo tempo ele não oferece multiplayer online. Ou seja: se você não tem mais três amigos ou amigas, e três controles, prepare-se para passar frustração em boa parte de Ghostbusters – principalmente na versão PC, que complica a questão “controles disponíveis”.

Ghostbusters ao menos tem visual simpático, seja na fase ou fora delas. Como dissemos, os personagens são carismáticos, mas o jogo acaba não desenvolvendo essa história e pano de fundo. Apesar de tudo, a trilha sonora clássica está presente e os efeitos sonoros não comprometem, porém não é como se precisasse, já que todo o resto do game é pouco recomendado.
Conclusão
Ghostbusters chega junto com o novo filme das Caça-Fantasmas, mas não respeita o legado da série e apresenta um jogo que soa até incompleto. Controles básicos, porém pouco inspirados, fases que não empolgam, velocidade do game extremamente lenta, pouca coisa a se fazer nos cenários e entre eles, enfim, uma série de problemas atingem o título – ao menos ele te visual criativo e simpático, mas não chega a salvá-lo do restante dos percalços. Aqui os fantasmas dominaram.
Quais os melhores MMORPGs para navegador? Opine no Fórum TechTudo!