The King of Fighters 14 chega ao PS4 para matar a saudade dos fãs do jogo de luta da SNK, com vários personagens clássicos e também outros inéditos. O título mantém o esquema de batalhas principalmente em trios e também retoma algumas características das versões mais antigas, como KOF 99. Confira o que achamos no review completo:
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Tudo começou em 94
The King of Fighters 14 é o mais novo game da série e por isso traz uma nova história. Mas não espere por algo similar ao modo de história de Mortal Kombat X, por exemplo. O enredo é explicado apenas com algumas cenas em “CG”, enquanto os finais são meras cenas estáticas com diálogos em texto – como sempre foi em KOF.

A briga do momento é que Antonov, o novo chefe do torneio, comprou os direitos de exibição e de promoção do The King of Fighters, e por isso promoveu mais um campeonato com diversos lutadores do mundo todo. Assim, eles se reúnem para, mais uma vez, descobrir quem é o mais forte e também resolver diferenças pessoais.

Espere ver rostos clássicos como Iori, Kyo, Terry, Mai, Joe, King, Athena, entre outros. Mas The King of Fighters 14 também dá espaço para novatos, como o novo (e estranho) trio sulamericano, além do novo trio heróico, que conduz a história, da China. Algumas faltas são sentidas, como Whip, Vanessa e Shingo. Quem sabe em um DLC?
Fácil ou nem tanto
The King of Fighters 14 mantém a tradição de ser um jogo complexo o suficiente para cada personagem ter estilo de luta bem único. Assim, você vê personagens que possuem três especiais, enquanto outros apenas um, e ainda temos aqueles apenas com golpes de proximidade, e por aí vai.
Isso o torna um pouco complexo “demais”, mas não chega a assustar novatos, como foi na época do lançamento de Street Fighter 3, um jogo realmente feito para usuários “hardcore”. Primeiro que há um modo de desafios que te ensina os comandos básicos e o que fazer, de forma bem simplificada. Em segundo lugar as lutas contra o computador, ao menos no nível médio, não são tão difíceis assim – incluindo o embate contra os chefões.

Os controles podem causar certa estranheza para quem não está acostumado, mas estão bem configurados e posicionados. Não há muito o que reclamar de The King of Fighters 14 nesse sentido. Na verdade, nada a reclamar sobre jogabilidade. O game respeita bastante as tradições da série, além de inovar de forma pontual, como na fluidez dos golpes, mantendo-o bem parecido com os mais antigos, como KOF 99 ou 98 até.
Uma das poucas novidades reais na jogabilidade é o chamado Rush System, que permite Rush Combos, combinações de golpes facilitadas para os novatos. Além disso, temos ainda três tipos de especiais: os Super Especiais, Neomax Super Especiais e Climax Super Especiais. Três variedades que estão presentes e podem ser usadas com menos ou mais intensidade nos combates de The King of Fighters 14.

Há modos de luta padrão para qualquer KOF: história, treino, desafio, online. O modo de história, apesar desse nome, é bem básico. Como citamos, não há um enredo bem desenvolvido, então ele poderia ser chamado de “Modo Arcade” de qualquer forma. Já as outras modalidades estão representadas de forma competente, como em qualquer jogo de luta.
Outro detalhe que podemos ver de mudança clara em The King of Fighters 14 está no tamanho dos bonecos na tela. Agora eles estão em proporção menor, lembrando também os mais antigos neste ponto em especial. Vale lembrar que nas duas versões passadas, 12 e 13, os personagens eram enormes na tela, principalmente por conta do estilo gráfico. E por falar em gráfico…

Infelizmente, The King of Fighters 14 é um jogo ainda bem feio. A primeira impressão, de quando o game foi revelado não mudou muito. É claro que a jogabilidade não é prejudicada por conta disso – pelo contrário, é bem divertido. Mas perde bastante quando comparado a outros games de luta por seus gráficos bem básicos, dignos de duas gerações atrás.
A mudança de gráficos desenhados 2D para o definitivo em 3D pode ter feito um pouco mal à série neste sentido, mesmo sem mudanças na jogabilidade. A “pouca beleza” do game fica ainda mais clara durante a tela de comemoração de vitória dos times, já que nas lutas tudo é muito rápido para notarmos algo totalmente.

A trilha sonora deste KOF também não é das melhores – todas as faixas são um pouco genéricas, ou até demais em alguns casos. As vozes dos personagens estão apenas em japonês, o que pode deixar animado quem não curte dublagens ocidentais, mas todo o game está com textos em português, desde seus menus, legendas e lista de golpes. Neste ponto, tudo caprichado.
Conclusão
The King of Fighters 14 é divertido o suficiente para agradar aos fãs mais “hardcore”, mas sem assustar novatos, que possuem esquemas na jogabilidade desenvolvidos exclusivamente para eles. É verdade que o game está bem feio, e com uma trilha sonora um pouco genérica, mas os controles, golpes e diversão ainda estão ali, em alta. Pode não ser o melhor game de luta da geração, mas sem dúvida alguma é um legítimo representante da série KOF.
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